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Esportes
Quarta - 29 de Setembro de 2004 às 11:57

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Com nove gols marcados e consagrado como o artilheiro e melhor jogador da competição, o mato-grossense João Batista da Silva (camisa 9) fez a diferença e ajudou o Brasil a conquistar a medalha de ouro no futebol de 5 (futsal de cegos) após uma final emocionante contra a Argentina, ontem em Atenas. Ontem, em meio à comemoração pela conquista do título, ele foi aclamado como um dos heróis da delegação brasileira.

Depois da festa na quadra junto com os torcedores, João Batista se afirmava realizado, mas não deixou de fazer um apelo em defesa da sua categoria: “Fizemos a nossa parte. Agora, esperamos um melhor reconhecimento das iniciativas privada e pública quando chegarmos no Brasil”.

Acompanhado da auxiliar técnica da Seleção Brasileira de goalball e da atleta Cláudia Gonçalves (jogadora de goalball), João Batista desembarca nesta sexta-feira, em Cuiabá, por volta das 11h45 no aeroporto Marechal Rondon. Mais do que um destaque na delegação brasileira, João Batista se torna também um herói mato-grossense.

O atleta

João Batista é exemplo surpreendente. Aos 23 anos, já esteve na Espanha, Argentina, Paraguai e Grécia participando de competições esportivas. Já praticou vários esportes, como atletismo, natação e agora, o futebol.

Sua experiência não é de hoje. Atuando pela Seleção Brasileira, ele foi bicampeão mundial e bicampeão pela Copa América.

Além do futsal, que é sua paixão, ele ainda trabalha e estuda. Batista é radiologista no Pronto-Socorro de Cuiabá e está cursando o 1º ano de Fisioterapia.

O futsal de cegos é muito semelhante ao futsal de quem não tem deficiência visual, com poucas diferenças. A bola utilizada possui dentro um guizo que orienta os atletas. Os integrantes das equipes jogam com olhos vendados e apenas o goleiro tem a visão normal.

Em Mato Grosso, João Batista joga pela equipe da AMC (Associação Mato-grossense de Cegos), a quem já levou à conquista de dois títulos brasileiros. O time é orientado pela técnica Nágila Zambonatto. Por sua experiência, Nágila foi convocada como auxiliar técnica pela ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos). Ela obteve total aprovação de seu trabalho junto ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.




Fonte: Folha do Estado

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