Político que já foi considerado o principal “cacique” da região Oeste do Estado, Henry é acusado ter negociado o repasse de R$ 3 milhões ao PP
Caso condenado, Henry pode pegar até 22 anos de prisão
Condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Pedro Henry (PP) corre o risco de perder o mandato ao final do julgamento do mensalão, previsto para ser retornado em 5 de novembro e encerrado em 18 do mesmo mês.
A fase final do julgamento, a chamada dosimetria, é dedicada ao cálculo das penas. Pelo crime de corrupção passiva, Henry pode ser condenado de 2 a 12 anos por corrupção passiva, e entre três e 10 anos por lavagem de dinheiro.
O PP informa que examinará, ao final do julgamento, a situação de Henry e Pedro Corrêa, membros da Executiva Nacional do partido e condenados por corrupção passiva, mas não há disposição em puni-los de forma rigorosa.
Ao final, o STF vai definir se parlamentares com mandato, como é o caso de Henry, vão perder os cargos eletivos. Segundo informações da Folha de S. Paulo, veiculada nesta quarta (31), há ministros que entendem a condenação como inerente ao afastamento automático do Congresso. Contudo, o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-SP), afirma que a cassação deve passar pelo plenário.
Político que já foi considerado o principal “cacique” da região Oeste do Estado, Henry é acusado ter negociado o repasse de R$ 3 milhões ao PP em troca de apoio em votações do Congresso. À época, ele acabou inocentado na Casa, enquanto o deputado Roberto Jefferson (PTB) foi cassado.
Já no STF a situação do progressista está mais complicada, já que foi condenado por dois crimes. Na defesa remetida ao órgão, Henry alegou que não teve conhecimento do dinheiro obtido pelo PP.
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