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Polícia Brasil
Quarta - 29 de Setembro de 2004 às 09:59

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O número de roubos de cabos de energia na Baixada Cuiabana está preocupando a Rede Cemat e a polícia. Em uma semana foram registrados três casos e num único trecho de quatro quilômetros da linha de transmissão que serve o distrito de Nossa Senhora da Guia (menos de 20 quilômetros do centro de Cuiabá), onde a fiação foi roubada 40 vezes nos últimos três anos.

Em julho deste ano, ladrões cortaram e roubaram 240 metros de cabos da rede que transporta energia para os municípios de Jangada e Acorizal (90 quilômetros de Cuiabá), deixando quase 13 mil moradores sem luz durante pelo menos cinco horas.

Somente no primeiro semestre deste ano foram furtadas o eqüivalente a 3,6 toneladas de cabos de alumínio, segundo levantamento divulgado esta semana pela empresa. Se estiver sendo comercializado como sucata, como suspeita a polícia, essa quantidade de fio já rendeu ao aos ladrões pouco mais de R$ 12,5 mil - R$ 3,5 é o preço do quilo.

Entre os dias 20 e 26 deste mês, a Rede Cemat registrou três queixas na Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). O primeiro ocorreu no bairro Coxipó, numa área próxima a uma indústria de cerveja. O segundo, quinta-feira passada, aconteceu na região do CPA, onde ação similar se repetiu três dias depois, no domingo 26.

Na tentativa de intimidar os ladrões, a Cemat começou a apresentar queixa formal na Derf. Além disso, substituiu fios de alumínio por material de aço em áreas rurais. No distrito da Guia, eliminou o ponto de manobra de um alimentador para o outro porque esse sistema estaria facilitando os furtos.

Mas o superintendente Metropolitano da distribuidora de energia, Nivaldo Fernandes de Almeida, diz que o principal prejuízo não são os fios que obrigatoriamente substituem a cada furto, mas as horas que a população fica sem energia, porque param o comércios, a industrial e outros setores.

Conforme Nivaldo de Almeida, o tempo de reposição dos fios demora entre três e cinco horas, ou até mais, porque é necessário que técnicos da empresa percorram a linha para identificar o ponto de desligamento. Para o superintendente, o aumento dos furtos seria explicado pela existência de quadrilhas especializadas.

O delegado da Roubos e Furtos, Roberto Amorim, informou que determinou que uma equipe de policiais investigue o caso. Entretanto, admite que a delegacia não consegue dispensar o tempo necessário devido o grande volume de inquéritos sobre crimes mais pesados como latrocínios, seqüestro e roubos. Na visão de Amorim, a Cemat deveria ter um sistema eletrônico de monitoramento da rede com dispositivo de alarme a cada desligamento ocorrido na rede de energia.




Fonte: Diário de Cuiabá

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