Quadrilha se vinga de comerciante

O comerciante Jorge Rodrigues Santos, de 26 anos, foi executado com vários tiros segunda-feira à noite, quando jogava sinuca no “Bar do Dentinho” com seu sócio, identificado apenas como Judilson. Ele foi assassinado por um rapaz apontado como autor de um assalto ocorrido há dois meses no estabelecimento comercial de Jorge, uma verduraria localizada no outro quarteirão. O crime ocorreu na avenida principal do bairro Pedra 90, a algumas quadras da Companhia Comunitária da Polícia Militar.

Testemunhas disseram que o criminoso – um rapaz moreno e baixo - chegou na frente do bar e foi logo atirando. Em seguida, fugiu a pé como se nada tivesse acontecido. Ele ainda teria ameaçado atirar caso alguém se aproximasse.

Jorge era proprietário de uma verduraria, assaltada há cerca de dois meses por alguns jovens do bairro. Na ocasião, armados com revólveres, os bandidos levaram o dinheiro do caixa e fugiram a pé. Outros estabelecimentos próximos também foram alvos dos ladrões.

Desde que foi roubado, Jorge começou a investigar por conta própria. Ao descobriu o nome dos autores, ele repassou as informações para policiais militares. Um dos assaltantes chegou a ser detido, mas foi liberado porque não estava preso em flagrante. Desde então, os bandidos – tanto os que assaltaram como outros integrantes do bando - teriam prometido vingança.

Na segunda-feira à tarde, Jorge e seu sócio fecharam a verduraria e foram até o bar a fim de jogar sinuca antes de ir embora – a vítima morava a algumas quadras do bar. “Eles não conseguiram nem arrumar as bolas para o jogo quando o rapaz chegou e foi atirando. O Jorge morreu ali, no bar. Foi uma execução sumária”, relatou uma moradora.

Esses mesmos assaltantes teriam praticado vários roubos no comércio do bairro, principalmente no início da noite. Eles preferem bares e lanchonetes porque fica mais fácil se aproximar dos caixas. Os ladrões seriam usuários de drogas.

O assassinato deixou outros comerciantes assustados. O proprietário do bar onde ocorreu o crime resolveu fechá-lo. Ontem de manhã, ele e a esposa encaixotavam as mercadorias para mudar de endereço. O dono do bar tem outro estabelecimento comercial na mesma rua. A esposa dele estava em estado de choque com o crime e não quer mais trabalhar naquele prédio.