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Economia
Terça - 28 de Setembro de 2004 às 19:37
Por: Joana Dantas

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Cerca de 80% da madeira extraída de Mato Grosso é comercializada em estado bruto a preço muito baixo se comparado ao valor que poderia agregar se fosse beneficiada, compensada e transformada em móveis dentro do Estado. Com o objetivo de reverter esse índice, o Governo do Estado está propondo a reformulação do Programa de Incentivo à Indústria Madeireira (Promadeira), com o auxilio do setor.

Nesta terça-feira (28.09), representantes de vários sindicatos ligados à madeira se reuniram com os secretários Waldir Teis (Fazenda), Cloves Vettorato (Assuntos Estratégicos), José Epaminondas (adjunto de Indústria, Comércio, Minas e Energia), na Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt).

Para Teis, o novo formato terá de priorizar empresas que tenham característica industrial e que gerem emprego e renda à comunidade onde está inserida. “Do jeito que está formulado, o Promadeira é um incentivo à saída da madeira de forma não acabada, transferindo recursos e empregos a outros Estados”, afirmou o secretário de Fazenda.

De acordo com ele, outras ações para o desenvolvimento da atividade em Mato Grosso dependerão também da atitude dos empresários. “Para tornar um segmento econômico forte e consolidado, os madeireiros terão de dar mais transparências às suas ações, denunciando os trambiqueiros que sonegam, praticam concorrência desleal e não têm nenhuma responsabilidade ambiental”, criticou Teis.

Segundo Epaminondas, existem cadastradas no Promadeira em torno de 370 empresas madeireiras, distribuídas em 50 municípios mato-grossenses. A maioria delas está irregular com o Estado. De 2000, quando foi criado o programa, a agosto de 2004, o Estado concedeu R$ 48 milhões de isenção fiscal à indústria madeireira, sendo que R$ 17 milhões se referem ao crédito do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços).

“Nesse processo de estímulo industrial, queremos levar muitas indústrias do Promadeira para o Prodeic (Programa de Desenvolvimento da Indústria e Comércio)”, destacou o secretário adjunto José Epaminondas.

Waldir Teis sugeriu um convênio entre a Sefaz, Sicme e Fiemt para, além de definir os projetos prioritários como o existente com a Ampa (Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão), atuar conjuntamente em fiscalizações “in loco” com objetivo de conferir a real produção das madeireiras.




Fonte: Secom - MT

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