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Inglaterra exportou sangue com risco de vaca-louca
A Grã-Bretanha exportou para pelos menos 11 países - entre eles o Brasil - sangue que pode estar contaminado com a variante humana da doença da vaca louca, segundo informa reportagem do jornal britânico The Times. De acordo com o diário, autoridades entraram em contanto, na semana passada, com cinco países que teriam corrido o maior risco de terem importado produtos derivados de sangue infectado, que foi doado por nove pessoas que morreram da variante da doença Creutzfeldt-Jakob (vCJD).
Um porta-voz do Ministério da Saúde da Grã-bretanha confirmou à BBC Brasil que o país avisou cinco países que estão correndo mais risco. O governo britânico não divulgou quais são os cinco países - da lista de 11 - que foram comunicados. "O governo tem sido acusado de manter um -segredo letal- após se recusar a identificar as cinco nações que têm sido objeto de avaliação pela Agência de Proteção à Saúde", escreve o The Times.
Os cinco países estão em uma lista de 11 - incluindo Brasil, Índia, Rússia e República da Irlanda - para os quais a Grã-Bretanha exportou produtos suspeitos no final da década de 90. Os alertas foram feitos após a ocorrência de dois casos britânicos, descobertos no ano passado, em que pessoas teriam sido infectadas com a doença através da transfusão de sangue, diz a matéria.
Na semana passada, foi anunciado que milhares de pessoas na Grã-Bretanha estavam sendo avisadas sobre o possível risco de terem sido contaminadas. "Das mais de 150 pessoas ao redor do mundo que morreram da doença até o momento, 143 eram da Grã-Bretanha", informa o diário.
Irresponsabilidade
Em entrevista ao jornal britânico, Frances Hall, secretária da Fundação BSE Humana e cujo filho morreu da doença aos 20 anos, disse que a recusa do governo em revelar os países que estão sob maior risco é uma "irresponsabilidade". "É deixado para as autoridades estrangeiras agir como eles acharem apropriado, mas as maiores precauções devem ser tomadas em todos os níveis para se ter certeza que qualquer possibilidade de vCJD não seja passada adiante", disse Frances.
O Departamento de Saúde da Grã-Bretanha defendeu sua decisão de não nomear os países, de acordo com a reportagem. "Estamos dando informações a eles. Tomamos uma posição muito precavida. Outros países podem tomar uma posição de que não querem fazer nada. Nós estamos felizes em aconselhá-los."
A Grã-Bretanha parou de exportar produtos derivados de sangue em 1999 em função da doença da vaca louca. "As autoridades irlandesas disseram, em 2000, que a vacina contra a pólio dada em 1998-99 incluiu mais de 80 mil frascos de albumina de uma vítima britânica de vCJD", afirma a matéria. "O Brasil recebeu cerca de 45 mil frascos usados para restaurar e manter o volume de sangue em pacientes."
Um porta-voz do Ministério da Saúde da Grã-bretanha confirmou à BBC Brasil que o país avisou cinco países que estão correndo mais risco. O governo britânico não divulgou quais são os cinco países - da lista de 11 - que foram comunicados. "O governo tem sido acusado de manter um -segredo letal- após se recusar a identificar as cinco nações que têm sido objeto de avaliação pela Agência de Proteção à Saúde", escreve o The Times.
Os cinco países estão em uma lista de 11 - incluindo Brasil, Índia, Rússia e República da Irlanda - para os quais a Grã-Bretanha exportou produtos suspeitos no final da década de 90. Os alertas foram feitos após a ocorrência de dois casos britânicos, descobertos no ano passado, em que pessoas teriam sido infectadas com a doença através da transfusão de sangue, diz a matéria.
Na semana passada, foi anunciado que milhares de pessoas na Grã-Bretanha estavam sendo avisadas sobre o possível risco de terem sido contaminadas. "Das mais de 150 pessoas ao redor do mundo que morreram da doença até o momento, 143 eram da Grã-Bretanha", informa o diário.
Irresponsabilidade
Em entrevista ao jornal britânico, Frances Hall, secretária da Fundação BSE Humana e cujo filho morreu da doença aos 20 anos, disse que a recusa do governo em revelar os países que estão sob maior risco é uma "irresponsabilidade". "É deixado para as autoridades estrangeiras agir como eles acharem apropriado, mas as maiores precauções devem ser tomadas em todos os níveis para se ter certeza que qualquer possibilidade de vCJD não seja passada adiante", disse Frances.
O Departamento de Saúde da Grã-Bretanha defendeu sua decisão de não nomear os países, de acordo com a reportagem. "Estamos dando informações a eles. Tomamos uma posição muito precavida. Outros países podem tomar uma posição de que não querem fazer nada. Nós estamos felizes em aconselhá-los."
A Grã-Bretanha parou de exportar produtos derivados de sangue em 1999 em função da doença da vaca louca. "As autoridades irlandesas disseram, em 2000, que a vacina contra a pólio dada em 1998-99 incluiu mais de 80 mil frascos de albumina de uma vítima britânica de vCJD", afirma a matéria. "O Brasil recebeu cerca de 45 mil frascos usados para restaurar e manter o volume de sangue em pacientes."
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/373975/visualizar/
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