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Agronegócios
Segunda - 27 de Setembro de 2004 às 08:34

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Os cotonicultores terão data certa para plantar algodão em Mato Grosso. É que uma decisão tomada no dia 17 deste mês, em conjunto entre Ampa (Associação dos Produtores de Algodão) e os seis núcleos formados no Estado, determina que o plantio seja feito somente entre 25 de novembro a 20 de fevereiro. A destruição da soqueira também terá tempo certo e deverá acontecer até o dia 15 de setembro de cada ano.

A medida visa cortar o ciclo da cultura no Estado. “Com isso estaremos interrompendo o ciclo da cultura entre a colheita e o plantio, num prazo de 90 dias. Isso evitará a proliferação do bicudo do algodoeiro que hoje é um dos maiores inimigos do produtor”, explicou José Augusto Áscoli, presidente da SCoton (Associação dos Produtores de Algodão de Sorriso). “Hoje o ciclo não é cortado e o algodão vem sendo plantado o ano todo, o produtor planta quando quer. Não há uma interrupção do ciclo e isso facilita o aparecimento do bicudo”, completou. Para ele, a decisão “torna o produtor mais responsável pelo cultivo do algodão e diminuirá o risco de demais lavouras serem contaminadas com o plantio indeterminado”.

Além da data para o plantio, cuidados com o manejo da cultura, transporte, entre outras medidas, também foram determinadas durante a reunião. Segundo Áscoli, o produtor que não seguir as regras sofrerá as conseqüências. “Ainda não foi determinado o que será feito com quem não seguir as normas. Talvez perderá até o incentivo do Proalt (programa de incentivos para os produtores de algodão) ou multa, ainda está sendo definido”, antecipou.

De acordo com Áscoli, os produtores que utilizam a irrigação para produção da safra -pivôs com projeto-, também terão época certa de plantio, entre 30 de janeiro e 20 de fevereiro.

No mês passado um foco do bicudo registrado numa fazenda em Nova Ubiratã, colocou o Indea (Instituto de Defesa Agropecuária), Ampa e produtores, em alerta. Um técnico do órgão foi destinado para acompanhar os trabalhos de erradicação e medias como: pulverização das lavouras, destruição da soqueira, instalação de armadilhas, expurgo (detetização) dos caroços que saem da propriedade, entre outras, foram tomadas em conjunto entre o Indea e a direção da fazenda onde o foco foi constatado.

A preocupação é que a praga chegue a outras plantações. Hoje a região é considerada área livre do bicudo e iria receber o certificado nos próximos dias. Augusto Áscoli acredita que o foco não irá prejudicar a certificação da área apenas irá adiar o processo.




Fonte: Só Notícias

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