Bird aprova financiamento de US$ 30 milhões ao Grupo AMaggi
Ainda segundo a Folha, o projeto foi criticado por ambientalistas, que vêem nele um precedente para o financiamento de atividades destrutivas na Amazônia, num retorno às práticas ambientalmente incorretas do banco nos anos 1980.
O conselho considerou que o financiamento ao Grupo Maggi poderia ser enquadrado na chamada categoria B, para projetos de moderado risco ambiental.
O Fórum das ONGs, que reúne 19 organizações, queria a reclassificação do financiamento para a categoria A, para projetos de alto risco ao ambiente. Essa categoria exige avaliação ambiental mais rigorosa. Eles pediram a reclassificação ao presidente do Bird, James Wolfensohn, que disse na última terça-feira estar "preocupado" com a questão da soja.
Para as ONGs, a decisão da IFC desmoraliza Wolfensohn. "Fica desmoralizada a consulta que ele fez às ONGs na terça-feira, tentando ser bonzinho", disse Maurício Galinkin, da Fundação Centro Brasileiro de Referência e Apoio Cultural, uma das organizações que fizeram o pedido.
A IFC diz que o financiamento não é para aumento de área plantada, mas para financiar produtores que vendem soja para a Maggi. Galinkin argumenta que, ainda que o projeto não seja formalmente de expansão, seu impacto será grande porque o dinheiro vai ser financiar sojicultores numa área muito extensa da mata amazônica de transição, o ecossistema mais ameaçado da Amazônia.
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