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Polícia Brasil
Sexta - 17 de Setembro de 2004 às 14:52

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Declarações contundentes e polêmicas do procurador-chefe da Procuradoria da República em Mato Grosso, Pedro Taques deram a tônica ao debate promovido pelo curso de Direito da Unirondon, na noite desta quinta-feira (16), no auditório da Instituição em Cuiabá.

Os temas “Política, Corrupção e Reforma do Judiciário” e “Globalização e Neoliberalismo” abordados pelos palestrantes foram escolhidos, justamente, por retratarem a realidade do cenário nacional e internacional, segundo a coordenadora do curso, professora Dynair Alves de Souza Daldegan.

O procurador da República, Pedro Taques, alertou os acadêmicos que sua fala seria ácida por estar “indignado”. Ele traçou um panorama sobre o aparecimento da Instituição Estado e, conseqüentemente, sobre política e corrupção. Pedro Taques constatou que, hoje, no Brasil, existem duas Constituições, a que está “no papel” e a que, de fato, impera na sociedade brasileira.

Taques não poupou críticas à classe política. “Hoje tenho vergonha de conhecer alguns políticos, só meia dúzia é decente. Política no Brasil é sinônimo de corrupção. Estamos em um lamaçal de corrupção, esta é a realidade. Em Mato Grosso, onde se atirar, se acerta”, garantiu o representante do Ministério Público Federal acostumado a travar embates jurídicos com quem lesa o Estado e a sociedade brasileira com falcatruas, sem parâmetros.

Para o procurador-chefe, a informação é o instrumento capaz de provocar uma transformação na sociedade, aliado ao que ele definiu como “revolução jurídica” em suas formas distintas: à mão armada ou por meio da eleição. Mas, a reforma do Poder Judiciário não é suficiente para por fim aos desmandos capitaneados pelos políticos no País. Como foi promovido, Pedro Taques será transferido para São Paulo e lamenta deixar para trás, em Mato Grosso, ações que ainda não foram concluídas.




Fonte: Mídia News

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