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Agricultor reclama de atraso na liberação de recursos
O atraso na liberação de crédito para o plantio, a queda dos preços agrícolas nos mercados interno e externo e o aumento dos custos de produção estão provocando muita apreensão no setor agrícola. "Estão brincando com a agricultura", disse Macel Felix Caixeta, presidente da comissão nacional de cereais, fibras e oleaginosas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, para tratar justamente dos problemas gerados pela forte alta dos insumos e perda de renda.
Segundo Caixeta, o governo anunciou durante o Plano de Safra, em junho, a liberação de R$ 17,7 bilhões de crédito rural em recursos equalizados, ou seja, a juros de 8,75%, o que representou uma elevação de 7,9% em relação à safra anterior. O problema, diz, é que nem metade desta verba chegou aos produtores rurais. "O dinheiro precisa chegar logo sob o risco de ocorrer um caos no plantio", diz.
Limite de crédito
Outro fator limitante de crédito, apontado por Caixeta, está no congelamento dos valores máximos de financiamento o que fará com que a verba para a safra 2004/05 seja na prática inferior à da safra anterior. Como os custos de produção aumentaram, o limite de R$ 200 mil para o plantio de soja, por exemplo, "será suficiente para apenas 145 hectares neste ano, em relação aos 233 hectares no ano passado, uma queda de 37,8%. A situação também é complicada para o plantio de milho e algodão, diz.
De acordo com o Plano de Safra, o volume total de recursos para a agricultura totalizará R$ 39 bilhões, mas antes do lançamento do novo plano a CNA havia alertado o governo de que agricultura precisava de R$ 56,2 bilhões.
Segundo estudos da CNA, há um descasamento entre os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e outros, que subiram muito no último ano, e os preços dos produtos agrícolas. "O governo tem instrumentos para minimizar resolver estes problemas."
Relação de troca
A relação de troca entre produtos e insumos é desfavorável aos agricultores, segundo levantamento da CNA, efetuado com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No caso do milho, por exemplo, o produtor precisava em média de 56 sacas (60 quilos) no mês de julho deste ano para adquirir uma tonelada de fertilizantes. Em 2003 eram necessários 50,3 sacas (ver tabela acima).
No caso da soja, eram necessárias 24,5 sacas em julho para a aquisição de uma tonelada de adubo; no ano passado, os produtores precisavam de 19,8 sacas.
Os preços dos fertilizantes subiram até 58%, os fungicidas, 12% e os inseticidas até 34%, informa a CNA. No mesmo período, os preços médios recebidos pelos produtores gaúchos de arroz caíram 10,8%, para R$ 30,47 a saca (50 quilos); os preços do algodão caíram 1,5% no Mato Grosso, para R$ 17 a arroba; já as cotações do milho no Paraná subiram 12,7%, para R$ 16,85 a saca, e as da soja subiram 10,3% no Rio Grande do Sul, para R$ 37,71 a saca.
Caixeta diz que o governo deveria adotar medidas de sustentação de preços agrícolas, utilizando para tal mecanismos como os Empréstimos do Governo Federal (EGFs), Aquisições do Governo Federal (AGFs) e contratos de opção. "Os novos mecanismos, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Warrant Agropecuário (WA) ainda não estão em operação no mercado." Para ele, o crédito a juro equalizado, com taxas fixas é insuficiente.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, pediu à Câmara dos Deputados que acrescente mais R$ 300 milhões aos R$ 530 milhões previstos para operações oficiais de créditos para comercialização.
Segundo Caixeta, o governo anunciou durante o Plano de Safra, em junho, a liberação de R$ 17,7 bilhões de crédito rural em recursos equalizados, ou seja, a juros de 8,75%, o que representou uma elevação de 7,9% em relação à safra anterior. O problema, diz, é que nem metade desta verba chegou aos produtores rurais. "O dinheiro precisa chegar logo sob o risco de ocorrer um caos no plantio", diz.
Limite de crédito
Outro fator limitante de crédito, apontado por Caixeta, está no congelamento dos valores máximos de financiamento o que fará com que a verba para a safra 2004/05 seja na prática inferior à da safra anterior. Como os custos de produção aumentaram, o limite de R$ 200 mil para o plantio de soja, por exemplo, "será suficiente para apenas 145 hectares neste ano, em relação aos 233 hectares no ano passado, uma queda de 37,8%. A situação também é complicada para o plantio de milho e algodão, diz.
De acordo com o Plano de Safra, o volume total de recursos para a agricultura totalizará R$ 39 bilhões, mas antes do lançamento do novo plano a CNA havia alertado o governo de que agricultura precisava de R$ 56,2 bilhões.
Segundo estudos da CNA, há um descasamento entre os preços dos insumos, como fertilizantes, defensivos e outros, que subiram muito no último ano, e os preços dos produtos agrícolas. "O governo tem instrumentos para minimizar resolver estes problemas."
Relação de troca
A relação de troca entre produtos e insumos é desfavorável aos agricultores, segundo levantamento da CNA, efetuado com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No caso do milho, por exemplo, o produtor precisava em média de 56 sacas (60 quilos) no mês de julho deste ano para adquirir uma tonelada de fertilizantes. Em 2003 eram necessários 50,3 sacas (ver tabela acima).
No caso da soja, eram necessárias 24,5 sacas em julho para a aquisição de uma tonelada de adubo; no ano passado, os produtores precisavam de 19,8 sacas.
Os preços dos fertilizantes subiram até 58%, os fungicidas, 12% e os inseticidas até 34%, informa a CNA. No mesmo período, os preços médios recebidos pelos produtores gaúchos de arroz caíram 10,8%, para R$ 30,47 a saca (50 quilos); os preços do algodão caíram 1,5% no Mato Grosso, para R$ 17 a arroba; já as cotações do milho no Paraná subiram 12,7%, para R$ 16,85 a saca, e as da soja subiram 10,3% no Rio Grande do Sul, para R$ 37,71 a saca.
Caixeta diz que o governo deveria adotar medidas de sustentação de preços agrícolas, utilizando para tal mecanismos como os Empréstimos do Governo Federal (EGFs), Aquisições do Governo Federal (AGFs) e contratos de opção. "Os novos mecanismos, como Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Warrant Agropecuário (WA) ainda não estão em operação no mercado." Para ele, o crédito a juro equalizado, com taxas fixas é insuficiente.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, pediu à Câmara dos Deputados que acrescente mais R$ 300 milhões aos R$ 530 milhões previstos para operações oficiais de créditos para comercialização.
Fonte:
Gazeta Mercantil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374474/visualizar/
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