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Saúde
Quarta - 15 de Setembro de 2004 às 17:34
Por: Rafael Campelo

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O controle dos casos de infecções hospitalares é um dos maiores desafios do sistema de saúde brasileiro. De acordo com a gerente-geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), Flávia Freitas, a implantação do Sistema Nacional de Informação para o Controle de Infecções em Serviços de Saúde (Sinais) pretende fortalecer o controle e reduzir os casos de infecção hospitalar. “Todo o processo educativo que o Sistema Nacional da Vigilância Sanitária vem tentando resolver é fazer com que os profissionais estejam a cada dia mais capacitados para que estes acontecimentos deixem de ser uma realidade ou, no mínimo, que a magnitude e a incidência dessas infecções seja reduzida”.

Em entrevista à Rádio Nacional, a gerente também falou sobre o lançamento na segunda-feira (13) do primeiro módulo do SINAIS. “Esse sistema vai permitir que os hospitais acompanhem mais a sua realidade e identifiquem com mais agilidade a ocorrência dessas infecções e de surtos e, assim, a gente consiga tomar medidas de controle”.

Um estudo encomendado pela Anvisa à Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) revelou que, dos 4.148 hospitais avaliados entre 2001 e 2003, 72% deles monitoram o nível de infecções. Por problemas metodológicos, no entanto, os indicadores são confiáveis em apenas 13% deles. Segundo a Agência, diversos estudos indicam que é possível reduzir entre 30 e 70% a ocorrência de infecções. De acordo com esses estudos, os programas de monitoramento são uma das principais ferramentas para provocar essa redução.

No Brasil, poucos hospitais utilizam sistemas informatizados para registrar os casos de infecção. De acordo com a Anvisa, a maior parte deles registra os casos manualmente. A gerente Flávia Freitas afirma que é preciso padronizar os critérios de avaliação. “Temos mais de 5 mil hospitais em todo o país, ou seja, seriam mais de 5 mil relatórios por mês e, em doze meses, mais de 60 mil relatórios. Mas ainda não está nada padronizado, pois cada hospital faz seu relatórios com padrões de infecção diferentes e nós não temos como comparar esses dados”.




Fonte: Agência Brasil

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