MT ganha beneficiadora de arroz

A capacidade instalada é de até 100 mil fardos de 30 quilos/mês, mas nesta primeira etapa, a operação será de 60 mil fardos mês.

A SLC Alimentos, inaugurou ontem, no Distrito Industrial de Cuiabá, a sua primeira beneficiadora de arroz no Centro-Oeste, segundo o presidente do grupo SLC, Eduardo Logemann, foram investidos R$ 2 milhões.

A capacidade instalada é de até 100 mil fardos de 30 quilos/mês, mas nesta primeira etapa, a operação será de 60 mil fardos mês. "Acredito que até o final de 2005 atinjamos a capacidade, quando sairemos de uma oferta de emprego de 30 vagas diretas, para gerar cerca de 50", explica o presidente.

A divisão Alimentos, é uma das empresas do grupo Scheneide Logemann & Cia (SLC), que tem ainda a SLC Agrícola, SLC Ferramentas em geral e a SLC Comercial e o hotel Ouro Verde.

Nesta unidade, toda a produção de arroz que for adquirida do Centro-Oeste do País será beneficiada, empacotada e distribuída sob a marca "Namorada" e "Butuí". A logística da filial mato-grossense levará as marcas para os estados da região e também para o Noroeste de São Paulo e Norte do Paraná.

"Este projeto existe há muito tempo, mas por questões de logística estava 'guardado' e há seis se tornou real, com o empenho do governo de Mato Grosso, em trazer esta empresa para seu parque industrial", revela Longemann. Ele explica ainda que a SLC Alimentos recebeu os benefícios de isenção fiscal no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).

Sobre futuros investimentos, Longemann diz que é "inevitável" não olhar para o Estado com todo este potencial no agronegócio, mas que para este ano, em vários projetos estão sendo aplicados R$ 50 milhões. "Temos duas fazendas no Estado, a Planorte, em Sapezal, e a Paiaguás, em Diamantino, mas ambas, não tem mais área para expansão, por isso, é inevitável não olhar para Mato Grosso e pensar em futuros investimentos, mas hoje ainda não tenho nada definido", salienta.

A divisão Agrícola, vai produzir este ano 425 mil toneladas e prevê faturamento de R$ 368 milhões. Na safra 99/2000, iniciaram o cultivo de algodão. Nos últimos sete anos a receita média por hectare (ha) da divisão com o algodão rendeu R$ 4,9 mil, R$ 1,5 mil com a soja, R$ 1,7 mil com o milho e R$ 12,8 mil com o café, cultivado no sistema irrigado e 100% exportado.

"Da safra 98/99 tínhamos 50 mil ha e na safra passada cultivamos cerca de 100 mil ha e nossa expectativa para a safra 04/04 é de crescer 12%", aponta Longemann.

Criada em 1945, o grupo SLC, possui atualmente 819 funcionários e sete fazendas em cinco estados brasileiros, foi a pioneira na fabricação de colheitadeiras no País. A antiga fábrica de máquinas, em Horizontina (RS) foi vendida para a John Deere.