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Produtos de MT fazem sucesso no RJ
Produtos típicos da floresta Amazônica, como castanha-do-Brasil e guaraná produzidos organicamente pelos pequenos agricultores da Cooperativa de Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia (Cooperagrepa) fizeram sucesso comercial na BioFach-América Latina 2004, maior feira de produtos orgânicos do continente, realizada de 8 a 10, no Hotel Glória, no Rio de Janeiro, reunindo um público de 1,5 mil pessoas, entre empresários, produtores e especialistas no tema.
Segundo presidente da Cooperagrepa, Domingos Jari Vargas, foram feitos contatos comerciais com mais de 20 empresas do Brasil e do exterior. Entre as brasileiras, vários supermercados, empórios e lojas especializadas em produtos finos e orgânicos, como o supermercado Zona Sul (Rio) e o empório Santa Luzia (São Paulo). Importadores da Holanda, Alemanha, Japão e Coréia também fizeram contatos e um importador holandês fez um pedido de 18 toneladas de castanha-do-Brasil. "Precisamos agora definir detalhes burocráticos e o melhor porto para enviar a mercadoria", conta, animado, Domingos. Segundo ele, não esperavam tanta procura pelos produtos. Além da castanha e do guaraná, produtos que somente Mato Grosso levou para o evento, foram apresentados também açúcar mascavo, melado e café, todos produzidos organicamente.
Os produtos foram apresentados nos estandes do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, promotores do evento. As duas instituições apresentaram produtos e serviços desenvolvidos por associações, pequenas empresas e produtores, de vários pontos do país.
Os agricultores do Portal da Amazônia, que reúne 10 municípios do norte do Estado, foram acompanhados pelas técnicas do Sebrae em Mato Grosso, Marta Torezam, da Unidade de Comercialização e Marketing, e Dalila Jabar Torre do Vale, do Desenvolvimento Local Integrado (DLIS). "A Cooperagrepa foi convidada a participar da BioFach na Alemanha, agendada para fevereiro de 2005", informa Marta, acrescentando que o evento abre novas perspectivas comerciais e de produção para esses pequenos agricultores.
A BioFach é realizada na Alemanha há cinco anos e teve sua primeira versão brasileira no ano passado. Em razão do sucesso, despertou o interesse dos demais países latino-americanos, transformando-se na BioFach- América Latina.
Para o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, que esteve na abertura da feira, "produto orgânico rima com pequenos empreendedores. Por isso desenvolvemos cursos com apoio do Inmetro para que esses produtores tenham acesso ao mercado", disse Barboza. Segundo ele, a entidade estuda mecanismos para os agricultores familiares obterem certificação por meio de parcerias com outras instituições.
Dos 400 agricultores que integram a Cooperagrepa, 50 famílias já têm produtos com certificação da Ecocet do Brasil. Sobre a capacidade de produção para atender os possíveis pedidos, Domingos afirma que este ano irão produzir 24 toneladas de castanha-do-Brasil, mas podem ampliar a produção. No mês de outubro, serão colhidas e beneficiadas 14 toneladas de guaraná. A produção de cana-de-açúcar desse ano é de 207 toneladas.
Para Domingos, que cita a venda de produtos orgânicos para a merenda escolar como um primeiro passo para expandir os negócios, atingir outros mercados nacionais e internacionais é muito significativo para os pequenos produtores e vai representar uma alavanca na vida dessas famílias.
Mercado em expansão
O mercado interno de produtos orgânicos cresce num ritmo de 50% ao ano no Brasil. Com esse desempenho, o setor ganha importância no cenário mundial e coloca o País entre as lideranças desta modalidade avançada de agronegócios.
Produtos orgânicos industrializados já fazem parte do cotidiano brasileiro e já começam a ser encontrados no varejo. Variedades de cosméticos naturais, cerveja, queijo de búfala, sucos, geléias, laticínios e pães, além de insumos orgânicos, homeopatia animal e outros produtos voltados para o setor de agronegócios se proliferam.
Participaram da BioFach, 110 empresas certificadas que mostraram seus produtos em 78 estandes. Entre as novidades do evento, camarões e ostras orgânicos do Nordeste brasileiro, cereais andinos cultivados a mais de quatro mil metros de altitude e roupas de algodão certificado.
Produtores de geléias da Patagônia, farinha de trigo, vinhos branco e tinto, azeites de oliva e vinagres estiveram presentes nos estandes de empresas sul-americanas. A Argentina apresentou uma variedade de produtos orgânicos já presentes em maior escala no varejo da Europa e Estados Unidos.
Segundo informações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, a regulamentação da legislação do processo produtivo de orgânicos está sendo elaborada para garantir ao consumidor a qualidade dos produtos.
Segundo presidente da Cooperagrepa, Domingos Jari Vargas, foram feitos contatos comerciais com mais de 20 empresas do Brasil e do exterior. Entre as brasileiras, vários supermercados, empórios e lojas especializadas em produtos finos e orgânicos, como o supermercado Zona Sul (Rio) e o empório Santa Luzia (São Paulo). Importadores da Holanda, Alemanha, Japão e Coréia também fizeram contatos e um importador holandês fez um pedido de 18 toneladas de castanha-do-Brasil. "Precisamos agora definir detalhes burocráticos e o melhor porto para enviar a mercadoria", conta, animado, Domingos. Segundo ele, não esperavam tanta procura pelos produtos. Além da castanha e do guaraná, produtos que somente Mato Grosso levou para o evento, foram apresentados também açúcar mascavo, melado e café, todos produzidos organicamente.
Os produtos foram apresentados nos estandes do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, promotores do evento. As duas instituições apresentaram produtos e serviços desenvolvidos por associações, pequenas empresas e produtores, de vários pontos do país.
Os agricultores do Portal da Amazônia, que reúne 10 municípios do norte do Estado, foram acompanhados pelas técnicas do Sebrae em Mato Grosso, Marta Torezam, da Unidade de Comercialização e Marketing, e Dalila Jabar Torre do Vale, do Desenvolvimento Local Integrado (DLIS). "A Cooperagrepa foi convidada a participar da BioFach na Alemanha, agendada para fevereiro de 2005", informa Marta, acrescentando que o evento abre novas perspectivas comerciais e de produção para esses pequenos agricultores.
A BioFach é realizada na Alemanha há cinco anos e teve sua primeira versão brasileira no ano passado. Em razão do sucesso, despertou o interesse dos demais países latino-americanos, transformando-se na BioFach- América Latina.
Para o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, que esteve na abertura da feira, "produto orgânico rima com pequenos empreendedores. Por isso desenvolvemos cursos com apoio do Inmetro para que esses produtores tenham acesso ao mercado", disse Barboza. Segundo ele, a entidade estuda mecanismos para os agricultores familiares obterem certificação por meio de parcerias com outras instituições.
Dos 400 agricultores que integram a Cooperagrepa, 50 famílias já têm produtos com certificação da Ecocet do Brasil. Sobre a capacidade de produção para atender os possíveis pedidos, Domingos afirma que este ano irão produzir 24 toneladas de castanha-do-Brasil, mas podem ampliar a produção. No mês de outubro, serão colhidas e beneficiadas 14 toneladas de guaraná. A produção de cana-de-açúcar desse ano é de 207 toneladas.
Para Domingos, que cita a venda de produtos orgânicos para a merenda escolar como um primeiro passo para expandir os negócios, atingir outros mercados nacionais e internacionais é muito significativo para os pequenos produtores e vai representar uma alavanca na vida dessas famílias.
Mercado em expansão
O mercado interno de produtos orgânicos cresce num ritmo de 50% ao ano no Brasil. Com esse desempenho, o setor ganha importância no cenário mundial e coloca o País entre as lideranças desta modalidade avançada de agronegócios.
Produtos orgânicos industrializados já fazem parte do cotidiano brasileiro e já começam a ser encontrados no varejo. Variedades de cosméticos naturais, cerveja, queijo de búfala, sucos, geléias, laticínios e pães, além de insumos orgânicos, homeopatia animal e outros produtos voltados para o setor de agronegócios se proliferam.
Participaram da BioFach, 110 empresas certificadas que mostraram seus produtos em 78 estandes. Entre as novidades do evento, camarões e ostras orgânicos do Nordeste brasileiro, cereais andinos cultivados a mais de quatro mil metros de altitude e roupas de algodão certificado.
Produtores de geléias da Patagônia, farinha de trigo, vinhos branco e tinto, azeites de oliva e vinagres estiveram presentes nos estandes de empresas sul-americanas. A Argentina apresentou uma variedade de produtos orgânicos já presentes em maior escala no varejo da Europa e Estados Unidos.
Segundo informações do ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, a regulamentação da legislação do processo produtivo de orgânicos está sendo elaborada para garantir ao consumidor a qualidade dos produtos.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374614/visualizar/
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