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Economia
Segunda - 13 de Setembro de 2004 às 15:18
Por: João Carlos Caldeira

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Há muito tempo que não se falava tanto em exportação e sua importância para o crescimento do país como agora!

Os bons números da produção industrial, do emprego e do aumento de renda, estão diretamente ligados aos setores da economia que exportam ou de empresas que prestam serviços aos exportadores.

Em Mato Grosso, os principais responsáveis pela balança comercial positiva são a soja e seus derivados, a carne, o algodão e a madeira. Todas as empresas que estão envolvidas com esses segmentos estão prosperando.

Nosso estado está também exportando novos produtos, que há bem pouco tempo atrás, nem se quer imaginavam a possibilidade: energia elétrica, artesanato, torres para telecomunicações, etc.

A Bimetal, indústria metalúrgica construiu uma estrutura no Distrito Industrial de Cuiabá de dar inveja a qualquer grande empresa nacional, e está exportando torres de telecomunicações para várias partes do mundo, e pretende em breve, produzir máquinas e equipamento para o agronegócio.

Exportação não é só para grandes empreendedores e grandes indústrias. O Brasil está na moda em várias grandes cidades do mundo, como Nova York, Paris e Londres. Está surgindo um espaço importante para o produto nacional.

Temos em Mato Grosso, várias pequenas empresas e cooperativas que estão exportando produtos bem característicos de nossa terra, desde confecção de flores de bagaço de cana a bijuterias e jóias de alto valor agregado.

As flores de bagaço de cana, por exemplo, agregam beleza, respeito ao meio ambiente (utiliza-se de resíduos), desenvolvimento social (é feito por uma cooperativa de mulheres de baixa renda) e aspectos culturais dos Mato-grossenses.

A Pacova de Tangará da Serra, emprega 25 pessoas e fabricam aproximadamente 1,5 mil peças de bijuterias por mês. As bijuterias são fabricadas com sementes encontradas em fazendas da zona rural da cidade. Cerca de 50% de sua produção vai para a exportação, mais precisamente para países como Canadá, Espanha, Alemanha e Inglaterra.

Nesses dois exemplos acima, o que merece destaque é que são pequenos empreendedores, que exportam produtos de alto valor cultural e baixo investimento e utilizam-se da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos –ECT, através do serviço Exporta Fácil.

São artesãos empreendedores que apesar da pouca informação, apesar da falta de incentivo público, apesar da escassez das linhas de créditos para pequenos negócios e, sobretudo da excessiva carga tributária, sobreviveram e se destacaram com criatividade, organização e qualidade.

João Carlos Caldeira
Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer.
E-mail: joaocmc@terra.com.br




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