Servidores do Intermat entram na Justiça contra redução de salários

A mensagem 70/2004 de autoria do governo do estado, aprovada pela assembléia legislativa que altera a tabela salarial dos servidores do instituto de terras de Mato Grosso (Intermat), provocou revolta entre os funcionários do orgão e está sendo questionada na justiça pelo sindicato dos trabalhadores dos sistemas agrícola, agrário e pecuário (Sintap). O plano de reclassificação que segundo o governo deveria “uniformizar critérios de promoção de profissionais” acabou reduzindo os salários dos servidores de nível médio.

A assessoria jurídica do Sintap protocolou nesta sexta-feira na primeira vara da fazenda pública mandado de segurança com pedido de liminar contra a aplicação da nova tabela sobre os vencimentos dos servidores.Os servidores de nível médio que cumprem uma jornada de 30 horas semanais tiveram os salários reduzidos de R$ 510,00 para R$ 477,00. Os servidores que trabalham 8 horas também apresentaram perda.Os salários caíram de R$ 680,00 para 435,00. Apenas os servidores de nível superior foram beneficiados com acréscimo no salário.

A presidente do Sintap, Luzanil Correa questiona a medida do governo. “ao invés de corrigir distorções salariais, o governo acabou foi cometendo injustiça com vários servidores de nível médio. Isso é um absurdo e tenho certeza que a justiça irá se posicionar favorável aos servidores” diz ela, acrescentando ainda “que a redução de salário além de ser injusta é inconstitucional.”

Os servidores do instituto de defesa agropecuário (Indea), que reivindicam reposição salarial de 56%, aumento real de 20% e retorno do pagamento do adicional de produtividade realizam uma paralisação de advertência nos dias 29 e 30 de setembro em todo o estado. “Nossa disposição não era de paralisação, mas diante da falta de interesse do governo em negociar a pauta de reivindicações da categoria até a greve por tempo indeterminado não está descartada” afirma Márcia Sparavieri, vice-presidente do Sintap.