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Mundo terá 2 bilhões de favelados em 2030
Quase todo o crescimento populacional até 2030 ocorrerá em países subdesenvolvidos, quando o mundo deve ter quase 2 bilhões de favelados. A informação, que consta no relatório da ONU intitulado Estado das Cidades no Mundo, foi divulgado hoje.
Os moradores das cidades devem formar 60% da população mundial até 2030. Em 2001, havia 2,9 bilhões de pessoas vivendo em áreas urbanas, ou 47,7% do total. Quase todo esse crescimento acontecerá em países subdesenvolvidos. Até 2030, o mundo deve ter quase 2 bilhões de favelados.
"Muitas cidades enfrentam uma crescente pobreza, uma desigualdade e uma polarização que se aprofundam, corrupção generalizada em nível local, altas taxas de criminalidade e violência urbana", alertou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na introdução do relatório.
Um fator agravante para a pobreza urbana, segundo o relatório, é o acesso desigual aos benefícios da globalização. "A afirmação de que a liberalização comercial invariavelmente leva a melhores condições de vida em países em desenvolvimento simplesmente não tem respaldo nos fatos: a desigualdade de renda dentro dos países e entre eles cresceu muito desde meados da década de 1980", diz o sumário do estudo.
O texto afirma que a busca por mão-de-obra mal remunerada prejudica tanto as cidades que perdem vagas quanto as que ganham.
Nos lugares abandonados pelas empresas, a população pode cair no mercado informal ou vender todos os seus bens para sobreviver, criando "novos pobres". Nos países em desenvolvimento, os acenos de criação de empregos e investimentos podem fazer os governos tolerarem empresas que não respeitam o meio ambiente ou os planos diretores.
O estudo diz ainda que cerca de 175 milhões de imigrantes que vivem em cidades - número que exclui, por exemplo, os imigrantes clandestinos -, criando uma fonte de modificações e tensões urbanas. Muitos acabam vivendo em favelas, sem acesso aos serviços básicos.
Mas o dinheiro que eles ganham e enviam para suas famílias muitas vezes é essencial para as economias de países muito pobres -- esse tipo de transferência só perde para o petróleo em termos de transações internacionais.
A agência Habitat-ONU, que estuda questões de habitação, deve apresentar oficialmente o relatório em uma conferência internacional que acontece na próxima terça-feira em Barcelona. O órgão diz que seu objetivo é investigar o impacto da globalização em cidades já alteradas por grandes ondas de migração internacional.
"Muitas cidades enfrentam uma crescente pobreza, uma desigualdade e uma polarização que se aprofundam, corrupção generalizada em nível local, altas taxas de criminalidade e violência urbana", alertou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, na introdução do relatório.
Um fator agravante para a pobreza urbana, segundo o relatório, é o acesso desigual aos benefícios da globalização. "A afirmação de que a liberalização comercial invariavelmente leva a melhores condições de vida em países em desenvolvimento simplesmente não tem respaldo nos fatos: a desigualdade de renda dentro dos países e entre eles cresceu muito desde meados da década de 1980", diz o sumário do estudo.
O texto afirma que a busca por mão-de-obra mal remunerada prejudica tanto as cidades que perdem vagas quanto as que ganham.
Nos lugares abandonados pelas empresas, a população pode cair no mercado informal ou vender todos os seus bens para sobreviver, criando "novos pobres". Nos países em desenvolvimento, os acenos de criação de empregos e investimentos podem fazer os governos tolerarem empresas que não respeitam o meio ambiente ou os planos diretores.
O estudo diz ainda que cerca de 175 milhões de imigrantes que vivem em cidades - número que exclui, por exemplo, os imigrantes clandestinos -, criando uma fonte de modificações e tensões urbanas. Muitos acabam vivendo em favelas, sem acesso aos serviços básicos.
Mas o dinheiro que eles ganham e enviam para suas famílias muitas vezes é essencial para as economias de países muito pobres -- esse tipo de transferência só perde para o petróleo em termos de transações internacionais.
A agência Habitat-ONU, que estuda questões de habitação, deve apresentar oficialmente o relatório em uma conferência internacional que acontece na próxima terça-feira em Barcelona. O órgão diz que seu objetivo é investigar o impacto da globalização em cidades já alteradas por grandes ondas de migração internacional.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374701/visualizar/
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