Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 10 de Setembro de 2004 às 10:39

    Imprimir


A seca na Grande Cuiabá é a pior dos últimos últimos 17 anos. Desde 1987 que a população não passa por uma estiagem com as atuais proporções. A avaliação é da Superintendência de Defesa Civil de Mato Grosso.

A alta temperatura, a baixa umidade relativa do ar (URA) e as queimadas, têm sido causas de sintomas de mal-estar em grande parte das pessoas que são obrigadas a enfrentar o forte calor.

A URA que tem oscilado entre 16.2% a 19% há mais de um mês, em 1987 chegou a 14%. Na época, de acordo com o superintendente da Defesa Civil, Domingos Iglesias, o então governador Carlos Bezerra chegou a decretar situação de emergência no Estado com suspensão de aulas nas escolas.

Segundo Iglesias, a situação se deve “aos fenômenos atmosféricos combinados com fenômenos geofísicos que compõem o vetor energético do centro de convergência do Atlântico Sul, que incide no Equador desviando aproximadamente 40 graus na nossa região, pois o que regula a temperatura no mundo é a superfície do Oceano Pacífico”, destacou.

Ainda segundo Iglesias, apesar da alta temperatura registrada nos termômetros espalhados pela cidade, é preciso dar sempre um desconto de 4 a 5 graus, pois os marcadores que são de metal que, aquecidos, acabam por aumentar o valor real da temperatura.

Ontem, de acordo com Iglesias, os termômetros marcaram 44 graus, no entanto a temperatura real era de 39.8. Disse que há mais de 30 anos atrás, apenas uma vez a temperatura real em Mato Grosso chegou a 42 graus, o que, segundo ele, para o organismo humano é praticamente insuportável. “Imagine alguém com uma febre de 42 graus, é claro que é preciso procurar um médico. É isso que acontece, o nosso corpo tem que suportar a temperatura do tempo e quanto mais alta, mais tendemos a passar mal”, destacou Iglesias.

Apesar de ontem, no final da tarde, a temperatura ter amenizado um pouco, de acordo com a Defesa Civil, pelo menos até sábado não deve chover na Baixada Cuiabana.

Devido ao clima e à baixa URA, o aumento do fluxo de pessoas, principalmente de crianças e idosos, com problemas respiratórios nos hospitais da capital é de cerca de 15%.




Fonte: Folha do Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374738/visualizar/