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Educação/Vestibular
Sexta - 10 de Setembro de 2004 às 08:10
Por: Marina Domingos

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O Ministério da Educação priorizou, em 2004, a criação de duas universidades públicas: a Universidade Federal do Grande Dourados (MS) e a Universidade Federal do Grande ABC (SP), com o objetivo de expandir o ensino superior público. “Vamos aumentar o número de vagas e construir outros campi e pólos universitários, que funcionam com a concentração de várias universidades num novo campus; ou mesmo novas universidades, como é o caso da universidade do ABC e Dourados”, explicou o secretário de Educação Superior do MEC, Nelson Maculan.

A Universidade Federal do Grande Dourados será constituída a partir de um desmembramento da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), na cidade de Dourados, que fica no sul do Estado. O orçamento da instituição, em análise no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão prevê investimentos de R$ 95 milhões para os quatro primeiros anos de funcionamento. “Para uma universidade funcionar é preciso prever os gastos, que dependem de cinco ou seis anos para estarem completos”, explicou Maculan.

Já a Universidade Federal do Grande ABC em São Paulo, será construída a partir da aprovação do projeto de lei que tramita no Congresso Nacional. Nele estão previstas todas as contratações de professores, gastos e receitas que deverão dar vida à instituição. A previsão é de que em cinco anos sejam investidos R$ 450 milhões para a formação do campus, que será dividido entre as principais cidades do ABC, formado por Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema. “A expectativa é que as aulas já comecem em 2005”, prevê o secretário.

O ABC tem aproximadamente 2,4 milhões de habitantes e nenhuma instituição pública de ensino superior. A idéia é que a universidade tenha uma parte voltada para a área tecnológica e de engenharia e administração, ligada ao parque industrial. Segundo ele, outra prioridade será a formação de professores, principalmente nas áreas de exatas e ciências biológicas, duas áreas que demandam professores no ensino médio atualmente.

"Já que teremos um bom departamento de matemática, física, química e computação, porque não aumentar um pouco mais com a criação de uma faculdade de educação e formar professores secundários e primários nas áreas de exatas”, enfatizou ele.

Para dar sustentação aos novos campi, o MEC pretende realizar concursos e contratar 12 mil professores com pós-graduação. Mas o projeto está no Ministério do Planejamento e aguarda decisão para a contratação de pelo menos cinco mil professores ainda esse ano. “Esse número seria para dar apoio as universidades que já existem atualmente”, explicou Maculan.

Além das novas universidades federais, o MEC ainda vai incentivar a formação de cinco campi avançados de universidades já existentes como a Universidade da Floresta que ficará no Vale do Juruá (AC), e será um investimento realizado para fortalecer o desenvolvimento sustentável da Floresta Amazônica. Os outros campi serão em Vitória da Conquista (BA), Litoral do Paraná (PR), Santos (SP) e Sorocaba (SP). Os pólos universitários serão constituídos em Volta Redonda (RJ), Baixada Fluminense (RJ) e Garanhuns (PE).




Fonte: Agência Brasil

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