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Venda da indústria cai e mostra acomodação da atividade
As vendas da indústria recuaram em julho na comparação com o mês anterior, indicando acomodação da atividade após forte crescimento ao longo do primeiro semestre. O uso da capacidade instalada, no entanto, atingiu novo recorde.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta quinta-feira mostram que as vendas reais da indústria de transformação caíram 3,31%. Frente a julho do ano passado houve avanço de 19,45%.
"O ritmo nos últimos quatros meses era muito intenso, então é natural ver uma acomodação. É um ajuste", comentou o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. "Não há dúvida de que a expansão vai continuar no segundo semestre, mas em ritmo menor."
O crescimento em relação ao ano passado também deve apontar taxas menores daqui para frente porque a base de comparação fica mais forte na segunda metade de 2003.
O uso da capacidade instalada alcançou 83 por cento em julho, acima dos 82,5% de junho, o recorde anterior. Os Estados em que a utilização da capacidade está mais próxima do limite são Santa Catarina (86,9%), Rio Grande do Sul (86,1%), São Paulo (84,9%) e Minas Gerais (84,6%).
"Isso é compatível com a sazonalidade da atividade industrial", que costuma atingir o pico em outubro, segundo Castelo Branco. "Devemos observar aumento nos próximos meses, enquanto a indústria se prepara para o final do ano."
Castelo Branco reafirmou que os dados são um alerta sobre a necessidade de investimentos, mas não devem ser vistos com pessimismo. Dados como os de produção e importação de bens de capital, segundo ele, mostram que os industriais não estão parados.
Emprego mostra confiança
Outro dado que mostra a aposta do setor na manutenção do fôlego da atividade é o de emprego, que subiu 0,98% em relação a junho - a alta mais acentuada da série histórica - e 4,07% frente a julho de 2003.
"É um indicativo claro de confiança na continuidade do crescimento, caso contrário haveria uma interrupção", argumentou Castelo Branco.
A massa real de salários ficou praticamente estável frente a junho, mas nos últimos 12 meses encerrados em julho teve ampliação de 8,29%, ritmo só comparável ao dos primeiros anos do Plano Real.
A CNI espera crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de pelo menos 6% na indústria de transformação. "Para 2004 o crescimento está dado, só uma hecatombe para atrapalhar. Para 2005 e além a questão crucial é o investimento."
Os indicadores da CNI são levantados mensalmente com base em consultas feitas a aproximadamente 3 mil grandes e médias empresas, em 12 Estados.
Em outro relatório, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) infomou que a produção industrial expandiu-se 0,5% em julho frente a junho, o quinto mês seguido de alta.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgados nesta quinta-feira mostram que as vendas reais da indústria de transformação caíram 3,31%. Frente a julho do ano passado houve avanço de 19,45%.
"O ritmo nos últimos quatros meses era muito intenso, então é natural ver uma acomodação. É um ajuste", comentou o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. "Não há dúvida de que a expansão vai continuar no segundo semestre, mas em ritmo menor."
O crescimento em relação ao ano passado também deve apontar taxas menores daqui para frente porque a base de comparação fica mais forte na segunda metade de 2003.
O uso da capacidade instalada alcançou 83 por cento em julho, acima dos 82,5% de junho, o recorde anterior. Os Estados em que a utilização da capacidade está mais próxima do limite são Santa Catarina (86,9%), Rio Grande do Sul (86,1%), São Paulo (84,9%) e Minas Gerais (84,6%).
"Isso é compatível com a sazonalidade da atividade industrial", que costuma atingir o pico em outubro, segundo Castelo Branco. "Devemos observar aumento nos próximos meses, enquanto a indústria se prepara para o final do ano."
Castelo Branco reafirmou que os dados são um alerta sobre a necessidade de investimentos, mas não devem ser vistos com pessimismo. Dados como os de produção e importação de bens de capital, segundo ele, mostram que os industriais não estão parados.
Emprego mostra confiança
Outro dado que mostra a aposta do setor na manutenção do fôlego da atividade é o de emprego, que subiu 0,98% em relação a junho - a alta mais acentuada da série histórica - e 4,07% frente a julho de 2003.
"É um indicativo claro de confiança na continuidade do crescimento, caso contrário haveria uma interrupção", argumentou Castelo Branco.
A massa real de salários ficou praticamente estável frente a junho, mas nos últimos 12 meses encerrados em julho teve ampliação de 8,29%, ritmo só comparável ao dos primeiros anos do Plano Real.
A CNI espera crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de pelo menos 6% na indústria de transformação. "Para 2004 o crescimento está dado, só uma hecatombe para atrapalhar. Para 2005 e além a questão crucial é o investimento."
Os indicadores da CNI são levantados mensalmente com base em consultas feitas a aproximadamente 3 mil grandes e médias empresas, em 12 Estados.
Em outro relatório, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) infomou que a produção industrial expandiu-se 0,5% em julho frente a junho, o quinto mês seguido de alta.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/374786/visualizar/
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