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Agronegócios
Quinta - 09 de Setembro de 2004 às 11:07

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O Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento coordena hoje, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, uma reunião para discutir a situação atual do controle da ferrugem da soja no país.

A reunião, que contará com a presença de representantes de toda a cadeia produtiva, avaliará os avanços nas pesquisas de controle de doença, a disponibilidade atual de defensivos agrícolas, a disseminação e abrangência da doença no país e as ações de controle para a safra 2004/2005. A ferrugem, registrada pela primeira vez no país em 2001, é causada por um fungo originário da Ásia e transmitida por via aérea.

Um estudo divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em abril deste ano mostrou que o país perdeu 4,5 milhões de toneladas de soja na safra 2003/2004 por causa da doença. Somados aos gastos com agrotóxicos, os prejuízos com a ferrugem chegou a US$ 2 bilhões.

O governo tem dado prioridade ao assunto. No início de janeiro, o ministro Roberto Rodrigues anunciou a criação de uma força-tarefa para auxiliar os produtores com o máximo de informações sobre o desenvolvimento e o controle da doença no país. O fungo atingiu lavouras de soja em dez estados. A força-tarefa atuou junto a cooperativas, associações de produtores e técnicos da extensão rural com informações detalhadas sobre a doença, principalmente quanto a sua identificação. Um dos focos do trabalho foi evitar gastos desnecessários pelos produtores, já que o uso de fungicidas não é indicado antes do aparecimento da doença. A resposta dos órgãos de defesa fitossanitária também foi imediata. Em fevereiro, uma reunião coordenada pelo DDIV estabeleceu um plano de ações.

Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, José Tadashi Yorinori, o clima favorável ao surgimento do fungo, com baixas temperaturas, foi o principal fator de desenvolvimento mais rápido da ferrugem. "O cenário ideal para o aparecimento do fungo é uma temperatura noturna de 17 graus centígrados a 21 graus centígrados que permite a formação de orvalho e a folha molhada por mais de 8 horas", explicou Yorinori. A doença atacou as lavouras mais cedo este ano porque não houve quebra na seqüência da produção do fungo no campo desde a safra passada.

Apesar da ferrugem asiática, na safra passada o Brasil colheu 49,8 milhões de toneladas de soja, numa área de 21,2 milhões de hectares. Em 2003, as exportações do complexo soja cresceram 35,2%, passando de US$ 6 bilhões para US$ 8,125 bilhões. As informações são da Assessoria de Imprensa do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.




Fonte: Safras

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