Encontro de economia solidária em Sinop reúne 450 participantes

O anfiteatro da Universidade do Estado de Mato Grosso em Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), reuniu pessoas das mais diversas classes sociais, políticas e econômicas da região e de outros Estados brasileiros, para discutir a viabilidade de implantação de projetos voltados para a economia solidária. O 2º Encontro Mato-Grossense de Educação e Sócio-Economia Solidária teve aproximadamente 450 participantes. O evento aconteceu entre 04 e 07 de setembro, promovendo a integração da Universidade com a sociedade, buscando a construção de sociedade solidária e sustentável.

O professor Odimar João Peripolli, que fez parte da comissão organizadora, disse que o encontro superou as expectativas dos organizadores, principalmente por conta do alto nível das palestras e também pela participação das pessoas que participaram ativamente das discussões durante quatro dias do evento. Foram seis conferências, quatro mesas redondas - com três temas, mais doze oficinas, além de seis temas refletidos em espaço de tomada de decisões.

Nos temas apresentados, foram discutidas as políticas públicas para desenvolver a economia solidária no Brasil. Em Sinop, vários grupos compostos de pequenos agricultores já começaram a se organizar para se integrar a esta nova via da economia. Durante o encontro, assentados da Gleba Mercedes, de Sinop, receberam uma proposta para comercialização direta dos produtos para uma empresa.

"O acordo firmado entre os trabalhadores e o empresário já se apresenta como sendo um dos frutos deste nosso encontro", afirma o professor Josivaldo Constantino dos Santos, um dos organizadores.

A Unemat convidou renomados palestrantes de universidades brasileiras e representantes dos Ministérios do Trabalho e Meio-Ambiente para discutir uma solução para os problemas sociais através da economia solidária.

De acordo com o professor Odimar Peripolli, a Unemat fomenta através de pesquisas e ações, parcerias com outras instituições governamentais e até privadas para que haja um maior envolvimento e integração com os movimentos sociais. "A Universidade tem um papel fundamental neste processo de mudança social, pesquisando e buscando parcerias para se ter uma maior organização dos pequenos trabalhadores no sentido de se ter uma

sociedade mais justa e igualitária", declarou o professor Peripolli.