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Economia
Quarta - 08 de Setembro de 2004 às 11:59
Por: ORLANDO MORAIS

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Estudo diz que sem asfaltamento de estradas crescimento econômico fica comprometido

Um estudo da consultoria Booz Allen Hamilton apontou 358 obras de infra-estrutura consideradas fundamentais para o Brasil evitar a estagnação do crescimento e, dentre elas, o asfaltamento das rodovias de Mato Grosso está entre as dez mais importantes. Parte do estudo foi publicada na edição da primeira quinzena deste mês da revista Exame.

De acordo com o estudo, o crescimento agrícola brasileiro ficará comprometido caso as rodovias de Mato Grosso não sejam levadas em consideração. Asfaltar as rodovias mato-grossenses demandaria um investimento da ordem de R$ 7 bilhões, segundo o estudo a obra mais cara dentre as dez mais importantes para o Brasil.

No que diz respeito às rodovias estaduais, um amplo programa do Governo do Estado vai asfaltar, com recursos próprios e parcerias com produtores rurais, 2,4 mil quilômetros até o final de 2006. Mato Grosso terá então 5,4 mil quilômetros de rodovias estaduais asfaltadas.

Já no que respeita às rodovias federais em Mato Grosso, por enquanto há apenas projetos de parcerias, uma vez que o Governo Federal afirma não possuir recursos nem para a manutenção das estradas já existentes, nem para a construção de asfaltos novos.

Segundo o estudo, também são consideradas obras prioritárias para o Brasil a ampliação da capacidade do Porto de Santos (ao custo de R$ 6 bilhões), o rodoanel de São Paulo (R$ 5,5 bilhões), e a ligação ferroviária Santos-Cuiabá, no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá (R$ 3 bilhões).

Segundo analistas ouvidos pela revista Exame, a infra-estrutura brasileira atual não suportaria um crescimento anual do PIB da ordem de 4,5%. O país entraria em colapso. Hoje já se registra congestionamentos em rodovias, portos e aeroportos.

Por conseguinte, a falta de infra-estrutura impede os empresários de planejar novos investimentos ou fechar negócios, e o país perde assim a oportunidade de exportar mais e de gerar novos empregos.

Estima-se que as empresas brasileiras percam anualmente mais de US$ 10 bilhões por conta da infra-estrutura deficitária. Segundo o estudo, esse valor é metade do que o País deveria estar investindo anualmente no setor, ou seja, US$ 20 bilhões. Para este ano, a União não reservou mais do R$ 8,5 bilhões, o equivalente a 0,5% do PIB.




Fonte: Secom-MT

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