PMs são presos em Sinop sob acusação de tortura e concussão

Um soldado e um cabo da PM de Sinop foram presos ontem acusados de tortura e concussão. O capitão Nivaldo José informou ao Só notícias que os militares são acusados de deterem um rapaz, no sábado, sob suspeita que era ladrão. Ele estava com uma caixa com algumas jóias e disse que tinham sido deixadas pelo seu patrão para serem vendidas.

A história não conveceu o soldado e o cabo que prenderam o acusado e passaram a investigar de onde vieram as jóias. A vítima diz que apanhou e que os policiais ficaram com as jóias. Foi apurado que as jóias foram deixadas com uma pessoa para identificar a quantidade que havia em ouro e o valor.

"Ouvimos as testemunhas e chamamos a pessoa com quem os policiais deixaram as jóias para depois, supostamente, venderem. Essa pessoa nos confirmou que tinha ficado com as jóias para vendê-las e que foram deixadas pelo cabo e o soldado. Após essas evidências o cabo e o soldado foram presos em flagrante e encaminhados ao presídio militar em Santo Antonio do Leverger e deverão responder processo", informou o capitão.

"O procedimento correto que eles deveriam ter adotado era encaminhar o acusado para a delegacia para prestar informações e, assim que os proprietário chegasse e apresentasse notas fiscais das jóias, poderia retirá-las," acrescentou o capitão Nivaldo.

O Comando Regional Norte, sob a responsabilidade do coronel Carlos Estevão, divulgou -agora há pouco- a seguinte nota sobre o episódio:

"A Polícia Militar, Comando Regional Norte, informa que tomou todas as providências legais e necessárias para o caso do envolvimento de militares nos crimes de tortura e cocussão designando um oficial para constatar a veracidade dos fatos e descobriros responsáveis que devem responder em juízo pelos atos cometidos. Os militares foram autuados em flagrante e encaminhados para o presídio militar na cidade de Santo Antônio do Leverger. Lembrando que a política da atual gestão, que visa a valorização do policial, prioriza a retirada de circulação dos maus policiais para motivar os bons policiais. Isso é uma comprovação da transparência que temos em aplicar medidas corretivas com o apoio da sociedade - que faz a denúncia - aliada ao controle das ações do homem da ponta de linha através da fiscalização, acompanhamento, orientação, medidas corretivas disciplinares e judiciais.

Só assim teremos uma polícia voltada para garantir a satisfação social por meio da preservação dos Direitos Humanos do cidadão que paga seus impostos para ter sua proteção através da qualidade da prestação do serviço público. Com essa postura reafirmamos que a sociedade pode continuar confiando na atual gestão que não abre mão da política de correção de atitudes de seus comandados visando assim a valorização dos bons policiais"