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Cidades/Geral
Sexta - 03 de Setembro de 2004 às 10:44
Por: Graciele Leite

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Mesmo com apenas oito municípios fiscalizados este ano em Mato Grosso, o Estado ainda ocupa a quarta posição no ranking nacional de trabalho escravo. Conforme relatório do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), do Ministério do Trabalho e Emprego, de janeiro a agosto de 2004 foram libertadas 1.653 pessoas no país. Aqui, foram 231 trabalhadores que, em geral, se encontravam em fazendas para plantio de soja ou algodão. O Pará lidera a lista, com 596 pessoas libertadas. Em segundo, vem o Tocantins, onde foram encontradas 272 pessoas. Atrás dele está o Espírito Santo, com 244 libertos. No total, foram fiscalizadas 209 propriedades rurais em 11 estados do País.

Segundo a secretária de inspeção do trabalho do MTE, Ruth Vilela, embora o Estado esteja em quarto lugar, isso não significa que houve melhoras no quadro. "Os trabalhadores encontrados em Mato Grosso eram os que viviam em piores condições. Em algumas situações, sofriam até mesmo maus tratos. Além disso, o Estado ainda é o segundo em número de denúncias anônimas ou de pessoas que fugiram".

Acrescenta ainda que o Estado caiu no ranking apenas porque aumentou o foco em outras regiões do país. Ou seja, de acordo com ela, desde 1995, quando foi constatado trabalho escravo aqui, nada foi feito para reverter o quadro, ao contrário do que ocorre no Pará. As cidades mato-grossenses onde o GEFM esteve foram: Vila Rica, Tapurah, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Nova Mutum, Nobres, Diamantino e Juara. No Brasil houve 42 operações na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins, além de Mato Grosso. Ao todo foram pagos R$ 3,1 milhões em indenizações trabalhistas e lavrados 1.459 autos de infração.




Fonte: A Gazeta

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