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Nacional
Quinta - 02 de Setembro de 2004 às 21:47
Por: Marli Moreira

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Um encontro iniciado nesta quinta-feira, na capital paulista, reúne 120 dirigentes públicos federais, estaduais e municipais, empresariais, de organizações não-governamentais e especialistas, para discutir formas de integrar os programas de Bancos de Alimentos do Programa Fome Zero.

Desde o lançamento do Programa Fome Zero, implantado no início da gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, proliferaram no país ações para coleta e distribuição de alimentos através de bancos de alimentos. Estima-se em mais de uma centena o número de entidades do gênero, públicas, privadas e organizações não-governamentais (ONGs), que coletam e distribuem os alimentos para as populações carentes.

Mas ainda falta definir mecanismos de acompanhamento das entidades beneficiadas, critérios para distribuição, e um modelo de gestão única, que garanta transparência na administração da coleta. As informações são da diretora do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Fátima Cassanti, durante sua participação no 2º Encontro Nacional de Bancos de Alimentos e Colheita Urbana.

No encontro que acontece até esta sexta, dia 3, no Sesc da Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, os participantes pretendem consolidar e lançar um documento, sugerindo ao Ministério a adoção de um modelo integrado de gestão. A idéia é definir um código de ética, entre outros valores, que unifique as operações. Isso evitaria, por exemplo, “que um espertalhão se aproveitasse da campanha de combate à fome e viesse a comercializar os produtos coletados ao invés de doá-los”, observa João Tadeu Pereira, responsável pelo Banco de Alimentos da prefeitura de Santo André, um dos idealizadores desse tipo de entidade.

Em maio último, João Tadeu Pereira integrou uma missão brasileira de oito pessoas, que viajou ao Canadá, a convite da ONG Associação Canadense Banco de Alimentos, para conhecer o sistema empregado naquele país. Nos painéis de hoje, esteve presente o presidente dessa ONG, Charles Seiden, que defendeu a troca de experiências com o Brasil e recomendou que as entidades envolvidas não se deixem subverter pela vaidade, competindo entre si na coleta e distribuição dos alimentos para obter resultados, como num campeonato.

Os bancos de alimentos fazem parte do Programa Fome Zero. Existem no Brasil oficialmente 59 entidades, segundo o MDS, que investiu, no ano passado R$ 610 mil para a construção de oito bancos de alimentos em todo o país. Esses oito bancos beneficiaram quinhentas entidades assistenciais. Só em São Paulo foram distribuídas 3 milhões de refeições. Neste ano, o governo federal está investindo mais de R$ 1,5 milhão na construção de dezessete novos bancos de alimentos em todo o país.




Fonte: Agência Brasil

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