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Economia
Quinta - 02 de Setembro de 2004 às 17:55
Por: Alana Gandra

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O resultado das exportações brasileiras, US$ 61,354 bilhões de janeiro a agosto, levou a Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB) a projetar para o ano de 2004 exportações superiores a US$ 93 bilhões. a informação é do vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro. Ele lembrou que a previsão do ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, “que é otimista por natureza”, de exportações de US$ 80 bilhões, feita no início do ano, já foi superada pela entidade.

Castro considerou "ótimos" os números recordes do comércio exterior brasileiro em agosto, anunciados ontem. "Mais otimistas do que qualquer otimista da iniciativa privada ou do governo poderia projetar. São números excelentes sob todos os aspectos”, disse. Ele advertiu, no entanto, que ainda não se pode dizer que se trata de crescimento sustentado do comércio exterior brasileiro.

"O reflexo do reaquecimento do mercado interno vai começar a ser sentido em 2005, uma vez que o que está sendo embarcado agora e que significa o resultado das exportações se refere a vendas realizadas no primeiro semestre ou mesmo no primeiro trimestre de 2004, quando o mercado interno tinha uma tendência muito ruim. O desemprego continuava muito alta e a perspectiva de crescimento do PIB era abaixo de 3%”.

Isso quer dizer que o que foi vendido no primeiro semestre está sendo embarcado agora no segundo semestre. Do mesmo modo, o que está sendo comercializado agora vai ser embarcado no primeiro semestre de 2005 ou no decorrer do ano.

Castro observou que, se o mercado interno consolidar um crescimento, as empresas serão obrigadas a reduzir um pouco as vendas ao exterior, em especial aquelas que não têm condições de atender aos dois mercados de forma simultânea. Isso poderá acarretar um leve desaquecimento nas exportações em 2005.

Para ele, em 2005 deverá ocorrer uma redução dos produtos agrícolas por conta da queda das cotações. Outra incógnita é a China, que deverá reduzir o ritmo de crescimento, o que pode afetar as cotações das commodities minerais para o próximo ano. Ele destacou que, mesmo com essas expectativas, os números do comércio exterior em 2005 continuarão muito bons para os padrões brasileiros, comparados aos do passado, não em relação aos resultados de 2004, que considera um ano atípico.




Fonte: Agência Brasil

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