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Promissora vacina contra aids falha em testes com humanos
Um dos testes mais promissores para desenvolver uma vacina contra a aids falhou na fase de experimentação nos seres humanos, ao produzir imunidade em apenas 25% dos casos.
Segundo um comunicado da Iniciativa Internacional para a Vacina da Aids (Iavi, em inglês), a entidade que financia os testes, estes "não cumpriram as expectativas e revelaram que as promessas em testes pré-clínicos (com roedores e primatas) não se mantiveram nos seres humanos".
Os resultados preliminares mostraram que, do total de 205 voluntários que participaram dos testes no Quênia, a vacina produziu imunidade ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) só em um quarto deles.
Inclusive nesses casos, a imunidade obtida não foi duradoura. Normalmente, para que uma vacina seja considerada bem-sucedida deve provocar um resultado satisfatório em, pelo menos, 60% dos casos.
Os resultados dos testes, apresentados na conferência sobre a vacina da aids que terminou na quarta-feira em Lausanne (Suíça) e que reuniu cerca de 800 cientistas, foram publicados hoje pela imprensa queniana.
A Iavi disse que nos próximos seis meses concluirá dois testes já em curso com a vacina, aumentando as doses e as vias de administração. Se nenhum deles melhorar substancialmente os resultados atuais, abandonará esta linha de pesquisa.
Este experimento era o primeiro teste para obter uma vacina adequada para o tipo A do HIV, o variante mais propagado na África subsaariana, onde vivem 28 dos 40 milhões de portadores do HIV do mundo e morreram 15 milhões de pessoas.
A vacina experimental, um combinado de dois preparados chamados DNA e MVA, se baseia na imunidade ao HIV detectada em um grupo de mulheres do Quênia, que se prostituiram durante anos em um bairro de Nairóbi sem contrair a doença, apesar de não utilizar preservativos e nenhuma outra proteção.
Os cientistas estimaram que isso se devia a uma maior quantidade no organismo destas mulheres das chamadas "células T", defesas naturais que em seu caso eram capazes de reconhecer como estranhas as células infectadas com o HIV, e matá-las.
A vacina experimental foi desenvolvida para produzir a mesma resposta imune observada nas prostitutas.
O experimento, no qual a Universidade de Oxford, o Instituto Queniano para a Vacina Anti-Aids e o Instituto de Pesquisa Viral de Uganda trabalhavam desde 1998, tinha superado com êxito a fase experimental com animais, assim como a primeira parte dos testes com humanos, na qual se verificou que o produto era seguro e não causava efeitos colaterais prejudiciais.
No ano passado, outra vacina testada em seres humanos, chamada AidsVax e desenvolvida pela empresa americana VaxGen, também não obteve resultados satisfatórios para a proteção contra a aids.
Na África, onze milhões de crianças perderam pelo menos um de seus pais por causa da aids e segundo um relatório do Banco Mundial sobre o impacto da doença na economia, a perda de capital humano impede o desenvolvimento dos países, onde "seus efeitos serão sentidos durante gerações",
Sem uma vacina, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que no ano passado declarou a aids uma "emergência planetária", se colocou como objetivo conseguir que três milhões de pessoas recebam tratamento antiretroviral em 2005.
Atualmente, só 1% das 4,1 milhões de pessoas que precisam de remédios antiretrovirais na África subsaariana os recebem.
Segundo um comunicado da Iniciativa Internacional para a Vacina da Aids (Iavi, em inglês), a entidade que financia os testes, estes "não cumpriram as expectativas e revelaram que as promessas em testes pré-clínicos (com roedores e primatas) não se mantiveram nos seres humanos".
Os resultados preliminares mostraram que, do total de 205 voluntários que participaram dos testes no Quênia, a vacina produziu imunidade ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) só em um quarto deles.
Inclusive nesses casos, a imunidade obtida não foi duradoura. Normalmente, para que uma vacina seja considerada bem-sucedida deve provocar um resultado satisfatório em, pelo menos, 60% dos casos.
Os resultados dos testes, apresentados na conferência sobre a vacina da aids que terminou na quarta-feira em Lausanne (Suíça) e que reuniu cerca de 800 cientistas, foram publicados hoje pela imprensa queniana.
A Iavi disse que nos próximos seis meses concluirá dois testes já em curso com a vacina, aumentando as doses e as vias de administração. Se nenhum deles melhorar substancialmente os resultados atuais, abandonará esta linha de pesquisa.
Este experimento era o primeiro teste para obter uma vacina adequada para o tipo A do HIV, o variante mais propagado na África subsaariana, onde vivem 28 dos 40 milhões de portadores do HIV do mundo e morreram 15 milhões de pessoas.
A vacina experimental, um combinado de dois preparados chamados DNA e MVA, se baseia na imunidade ao HIV detectada em um grupo de mulheres do Quênia, que se prostituiram durante anos em um bairro de Nairóbi sem contrair a doença, apesar de não utilizar preservativos e nenhuma outra proteção.
Os cientistas estimaram que isso se devia a uma maior quantidade no organismo destas mulheres das chamadas "células T", defesas naturais que em seu caso eram capazes de reconhecer como estranhas as células infectadas com o HIV, e matá-las.
A vacina experimental foi desenvolvida para produzir a mesma resposta imune observada nas prostitutas.
O experimento, no qual a Universidade de Oxford, o Instituto Queniano para a Vacina Anti-Aids e o Instituto de Pesquisa Viral de Uganda trabalhavam desde 1998, tinha superado com êxito a fase experimental com animais, assim como a primeira parte dos testes com humanos, na qual se verificou que o produto era seguro e não causava efeitos colaterais prejudiciais.
No ano passado, outra vacina testada em seres humanos, chamada AidsVax e desenvolvida pela empresa americana VaxGen, também não obteve resultados satisfatórios para a proteção contra a aids.
Na África, onze milhões de crianças perderam pelo menos um de seus pais por causa da aids e segundo um relatório do Banco Mundial sobre o impacto da doença na economia, a perda de capital humano impede o desenvolvimento dos países, onde "seus efeitos serão sentidos durante gerações",
Sem uma vacina, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que no ano passado declarou a aids uma "emergência planetária", se colocou como objetivo conseguir que três milhões de pessoas recebam tratamento antiretroviral em 2005.
Atualmente, só 1% das 4,1 milhões de pessoas que precisam de remédios antiretrovirais na África subsaariana os recebem.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375266/visualizar/
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