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Missa relembra vítimas do incêndio em Assunção um mês depois
Com uma missa celebrada no mesmo lugar e na mesma hora do acidente, os familiares das vítimas lembraram hoje, quarta-feira, os cerca de 400 mortos no incêndio em um supermercado de Assunção há um mês.
"Nesta hora tão terrível, choramos", afirmou, em meio a soluços, Francisca Alonso, de 59 anos, que perdeu três netos e uma filha no incêndio.
O pranto de Alonso foi seguido pelo de outros familiares reunidos em um improvisado e pequeno oratório montado na calçada do que fora um dos estabelecimentos da rede Ycuá Bolaños, que pegou fogo por volta do meio-dia de 1º de agosto.
Nem os 35 graus de temperatura nem o atraso do sacerdote católico impediram que os parentes e amigos das vítimas agüentassem de pé toda a cerimônia religiosa.
O padre Juan Esteban Ruiz Díaz substituiu o sacerdote de um colégio católico que perdeu dezenas de alunos e vários professores no acidente e que não celebrou o ato religioso por razões que ninguém soube explicar.
O ato religioso se repetirá à noite, no mesmo lugar, depois de uma caravana de silêncio organizada pela Associação de Vítimas do Ycuá Bolaños, que percorrerá as principais ruas do bairro da Santísima Trinidad, o mais atingido pelo acidente.
Um de seus coordenadores, Oscar López, explicou que, a cada domingo, rezarão pelas vítimas para que "elas não sejam meros números nas estatísticas e se faça justiça".
"Estamos em muito mal estado e, para nos organizar, temos que nos reunir e evitar a impunidade", ressaltou López, ao explicar que, após cada oração dominical, coordenarão as ações que serão empreendidas no âmbito judicial.
A Procuradoria imputou por "homicídio doloso" o dono da rede Ycuá Bolaños, Juan Pío Paiva, seu filho Víctor Daniel, e quatro seguranças do local com base em declarações de pelo menos 100 testemunhas e vários sobreviventes que denunciaram que as portas foram fechadas após o início do incêndio para evitar saques e impedir que as pessoas saíssem sem pagar.
Todos os acusados estão detidos na prisão de Tacumbú, com exceção de Víctor Daniel, transferido a um hospital de Assunção por complicações de saúde; e um dos gerentes, que cumpre prisão domiciliar e enfrenta acusações menos graves por "omissão de auxílio".
Segundo dados da Procuradoria, o acidente deixou 364 mortos. Um total de 42 corpos e restos mortais não serão identificados até dentro de 30 ou 60 dias, quando espera-se que acabem os exames de DNA 277 amostras enviadas à Espanha.
Além das causas judiciais, os familiares das vítimas anunciaram que promoverão a expropriação do local, situado na confluência de duas movimentadas avenidas de um setor populoso da capital, para convertê-lo em lugar de oração.
"Nesta hora tão terrível, choramos", afirmou, em meio a soluços, Francisca Alonso, de 59 anos, que perdeu três netos e uma filha no incêndio.
O pranto de Alonso foi seguido pelo de outros familiares reunidos em um improvisado e pequeno oratório montado na calçada do que fora um dos estabelecimentos da rede Ycuá Bolaños, que pegou fogo por volta do meio-dia de 1º de agosto.
Nem os 35 graus de temperatura nem o atraso do sacerdote católico impediram que os parentes e amigos das vítimas agüentassem de pé toda a cerimônia religiosa.
O padre Juan Esteban Ruiz Díaz substituiu o sacerdote de um colégio católico que perdeu dezenas de alunos e vários professores no acidente e que não celebrou o ato religioso por razões que ninguém soube explicar.
O ato religioso se repetirá à noite, no mesmo lugar, depois de uma caravana de silêncio organizada pela Associação de Vítimas do Ycuá Bolaños, que percorrerá as principais ruas do bairro da Santísima Trinidad, o mais atingido pelo acidente.
Um de seus coordenadores, Oscar López, explicou que, a cada domingo, rezarão pelas vítimas para que "elas não sejam meros números nas estatísticas e se faça justiça".
"Estamos em muito mal estado e, para nos organizar, temos que nos reunir e evitar a impunidade", ressaltou López, ao explicar que, após cada oração dominical, coordenarão as ações que serão empreendidas no âmbito judicial.
A Procuradoria imputou por "homicídio doloso" o dono da rede Ycuá Bolaños, Juan Pío Paiva, seu filho Víctor Daniel, e quatro seguranças do local com base em declarações de pelo menos 100 testemunhas e vários sobreviventes que denunciaram que as portas foram fechadas após o início do incêndio para evitar saques e impedir que as pessoas saíssem sem pagar.
Todos os acusados estão detidos na prisão de Tacumbú, com exceção de Víctor Daniel, transferido a um hospital de Assunção por complicações de saúde; e um dos gerentes, que cumpre prisão domiciliar e enfrenta acusações menos graves por "omissão de auxílio".
Segundo dados da Procuradoria, o acidente deixou 364 mortos. Um total de 42 corpos e restos mortais não serão identificados até dentro de 30 ou 60 dias, quando espera-se que acabem os exames de DNA 277 amostras enviadas à Espanha.
Além das causas judiciais, os familiares das vítimas anunciaram que promoverão a expropriação do local, situado na confluência de duas movimentadas avenidas de um setor populoso da capital, para convertê-lo em lugar de oração.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375358/visualizar/
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