Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 01 de Setembro de 2004 às 14:59
Por: Celso Bejarano Jr.

    Imprimir


A Justiça uruguaia pode ter determinado ontem a extradição do bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

Essa informação foi noticiada à noite pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo, em Cuiabá. A reportagem da Folha do Estado tentou confirmar a informação junto ao Ministério da Justiça, Justiça Federal e aos advogados de Arcanjo. No Ministério da Justiça, a assessora que poderia falar sobre o caso havia desligado o telefone, o mesmo acontecendo com os defensores do bicheiro. Já o juiz federal Julier Sebastião da Silva nada sabia até às 20h de ontem.

De qualquer modo, este jornal noticiou na edição do dia 22 de maio deste ano, que o Tribunal de Apelação ia definir sobre a extradição de Arcanjo até o final de agosto, no caso, ontem. Silvia Chirata, mulher do bicheiro, também deve vir junto com o marido. O casal está preso no Uruguai desde o dia 11 de abril do ano passado. Arcanjo é considerado o chefe do crime organizado em Mato Grosso.

Quem disse à reportagem da Folha que o casal viria para o Brasil em agosto foi o presidente da Associação dos Magistrados do Uruguai, Eduardo Nicasio Borges Duarte. A partir daí, segundo Duarte, não cabe mais recurso. A sentença tem força definitiva. Pela regra judicial uruguaia, o trâmite de extradição, habitualmente, demora de um a dois anos.

Arcanjo deveria vir em agosto devido a um amontoado de provas contra ele produzido pela magistratura federal em Mato Grosso. No dia 6 de fevereiro deste ano, o juiz do 12º Turno Penal uruguaio, José Ferreira, determinou a retirada dos réus do país. Os advogados do casal Arcanjo Ribeiro recorreram e o processo passou a ser discutido por dois meses.

No dia 13 de maio passado, no entanto, Ferreira, que integra a 1ª instância judicial uruguaia, definiu o processo dando por encerrado o assunto. Ele ordenou a extradição. A documentação fora enviada, então, à 2ª instância da Justiça uruguaia, o Tribunal de Apelações do 3º Turno. Os magistrados desta corte ocupam funções de ministros, comparadas aos ministros dos Supremo e Superior Tribunal Federal brasileiros.

São três ministros que votam a sentença: além de Borges Duarte, o presidente do Tribunal de Apelações, Ricardo Alberto Harriague Saccone, e o ministro José Francisco Bonavota Cacciante. Como se vê, não existirá empate e, mesmo se o parecer favorável não for unânime, não cabe recurso, garantiu Borges Duarte, o ministro e presidente da Associação dos Magistrados.




Fonte: Folha do Estado

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375400/visualizar/