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Projeto do Governo capacita vaqueiros no interior
Alta Floresta, MT - Quinze trabalhadores rurais do município de Alta Floresta (800 km de Cuiabá), concluíram nesta sexta-feira (27.08), o curso de qualificação profissional de vaqueiro, coordenado pela Secretaria de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), sendo que 11 já estão empregados e dois utilizarão o que aprenderam em suas pequenas propriedades.
O projeto tem o objetivo de qualificar profissionais em manejo de gado de campo, visando a redução dos níveis de desemprego em regiões nas quais a pecuária encontra-se em pleno crescimento. "Existe uma carência muito grande no que se refere à mão-de-obra qualificada em manejo de gado e este curso vem justamente para preencher essa lacuna", afirma o diretor da Associação de Criadores de Nelore de Mato Grosso, Mário Cândia, que disponibilizou sua fazenda para a realização do curso.
Segundo Cândia, devido ao êxodo rural, os trabalhadores que antes cresciam dentro de fazendas agora crescem nos subúrbios das grandes cidades e, conseqüentemente, não tem mais contato direto com o gado. "Com a realização deste curso, estamos criando oportunidades para que trabalhadores desempregados conheçam a" lida "das fazendas e tomem gosto pelo serviço", disse Cândia.
O aluno Persi Rodrigues da Silva, de 25 anos, veio do município de Novo Progresso (PA) e estava há mais de um mês desempregado quando ouviu pelo rádio que as inscrições para o curso estavam abertas e decidiu tentar. "Eu sabia alguma coisa, mas não era suficiente para conseguir emprego. Com as aulas, pude perceber que a maneira como a maioria de nós (alunos) lidava com o gado e com os afazeres diários era antiga e até errada", afirmou Persi.
O conteúdo programático inclui aulas de ferramentas, manejo de cria, recria, engorda e de curral. De acordo com o veterinário, Luiz Gustavo Pinheiro Gratão, instrutor do curso, a maioria já tinha noção do conteúdo das aulas, mas, em muitos casos, essa noção era equivocada e ultrapassada."O peão precisa saber detectar o que está certo e o que está errado com o gado para poder repassar para os veterinários responsáveis ou para o proprietário", afirmou Luiz Gustavo, citando como exemplo a alimentação dos bois.
De acordo com ele, quando os peões inexperientes viam o gado lambendo suor ou pedaços de ossos, costumavam dar sal branco para eles lamberem, achando que estavam suprindo a falta de sal do organismo deles. Hoje se sabe que isso se deve também à deficiência de minerais e que o adequado é acrescentar sal mineral à alimentação do gado.
"Outra coisa que mudou foi a maneira de tocar o gado. Os animais também sofrem com estresse e, portanto, os peões não podem ficar gritando e correndo de um lado para o outro, é preciso ter calma e jeito", afirmou o veterinário, lembrando que tudo isso estava sendo repassado no curso.
Segundo o instrutor José Marques de Araújo Neto, muitos deles chegaram intimidados, mas após um ou dois dias já estavam confiantes e perguntando tudo que não entendiam. "Nas horas vagas, os alunos que tinham mais facilidade repassavam o que haviam aprendido para os demais", afirmou Neto, ressaltando que os próprios alunos confeccionaram os cabrestos, correias, rédeas e barrigueiras, entre outros, que utilizaram para montar cavalos no decorrer das aulas, curtindo o couro dos bois.
"O melhor do curso foi poder por em prática tudo que estávamos aprendendo. É como carteira de habilitação, a gente tira, mas só vira um bom motorista com o tempo, praticando", disse o aluno Elvis Rocha, de 26 anos.
Tanto os trabalhadores quanto os pecuaristas empregadores irão fazer seu cadastro no Sine, objetivando alcançar mais recursos para qualificação. Para cada trabalhador colocado ou re-colocado no mercado de trabalho pelo Sine, o governo federal disponibiliza uma verba destinada à qualificação da mão-de-obra para o próximo ano.
De acordo com o coordenador do curso, o assessor especial da Setec, José de Abreu, a capacitação de vaqueiros justifica-se pelo fato de Mato Grosso ocupar lugar destaque no País na pecuária. "Temos um crescimento contínuo do rebanho bovino no Estado e isso demanda mão-de-obra capacitada para acompanhar essa expansão", disse Abreu.
A secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, destacou que os recursos aplicados no projeto são oriundos dos diversos leilões de gado, onde os pecuaristas arremataram lotes e doaram os recursos para a Setec. "Tenho parceiros em todas as áreas, seja agricultura, pecuária, construção civil, comércio, serviços. A iniciativa privada tem colaborado intensamente com o Governo na inclusão social dos cidadãos carentes através das parcerias nos projetos de qualificação profissional", destacou a secretária.
Depois de Alta Floresta, o curso será realizado em Apiacás, Juara, Juína, Brasnorte, Terra Nova do Norte e Colíder. Em 2005, a realização do curso está prevista nos municípios de Nova Canaã do Norte, São José do Xingu, Guarantã do Norte, Vila Rica, São José dos Quatro Marcos, Porto Espiridião, Água Boa, Canarana, Paranatinga, Itiquira, Vila Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e Cáceres.
São parceiros da Setec na realização do projeto a Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Empaer, Indea, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Senar.
O projeto tem o objetivo de qualificar profissionais em manejo de gado de campo, visando a redução dos níveis de desemprego em regiões nas quais a pecuária encontra-se em pleno crescimento. "Existe uma carência muito grande no que se refere à mão-de-obra qualificada em manejo de gado e este curso vem justamente para preencher essa lacuna", afirma o diretor da Associação de Criadores de Nelore de Mato Grosso, Mário Cândia, que disponibilizou sua fazenda para a realização do curso.
Segundo Cândia, devido ao êxodo rural, os trabalhadores que antes cresciam dentro de fazendas agora crescem nos subúrbios das grandes cidades e, conseqüentemente, não tem mais contato direto com o gado. "Com a realização deste curso, estamos criando oportunidades para que trabalhadores desempregados conheçam a" lida "das fazendas e tomem gosto pelo serviço", disse Cândia.
O aluno Persi Rodrigues da Silva, de 25 anos, veio do município de Novo Progresso (PA) e estava há mais de um mês desempregado quando ouviu pelo rádio que as inscrições para o curso estavam abertas e decidiu tentar. "Eu sabia alguma coisa, mas não era suficiente para conseguir emprego. Com as aulas, pude perceber que a maneira como a maioria de nós (alunos) lidava com o gado e com os afazeres diários era antiga e até errada", afirmou Persi.
O conteúdo programático inclui aulas de ferramentas, manejo de cria, recria, engorda e de curral. De acordo com o veterinário, Luiz Gustavo Pinheiro Gratão, instrutor do curso, a maioria já tinha noção do conteúdo das aulas, mas, em muitos casos, essa noção era equivocada e ultrapassada."O peão precisa saber detectar o que está certo e o que está errado com o gado para poder repassar para os veterinários responsáveis ou para o proprietário", afirmou Luiz Gustavo, citando como exemplo a alimentação dos bois.
De acordo com ele, quando os peões inexperientes viam o gado lambendo suor ou pedaços de ossos, costumavam dar sal branco para eles lamberem, achando que estavam suprindo a falta de sal do organismo deles. Hoje se sabe que isso se deve também à deficiência de minerais e que o adequado é acrescentar sal mineral à alimentação do gado.
"Outra coisa que mudou foi a maneira de tocar o gado. Os animais também sofrem com estresse e, portanto, os peões não podem ficar gritando e correndo de um lado para o outro, é preciso ter calma e jeito", afirmou o veterinário, lembrando que tudo isso estava sendo repassado no curso.
Segundo o instrutor José Marques de Araújo Neto, muitos deles chegaram intimidados, mas após um ou dois dias já estavam confiantes e perguntando tudo que não entendiam. "Nas horas vagas, os alunos que tinham mais facilidade repassavam o que haviam aprendido para os demais", afirmou Neto, ressaltando que os próprios alunos confeccionaram os cabrestos, correias, rédeas e barrigueiras, entre outros, que utilizaram para montar cavalos no decorrer das aulas, curtindo o couro dos bois.
"O melhor do curso foi poder por em prática tudo que estávamos aprendendo. É como carteira de habilitação, a gente tira, mas só vira um bom motorista com o tempo, praticando", disse o aluno Elvis Rocha, de 26 anos.
Tanto os trabalhadores quanto os pecuaristas empregadores irão fazer seu cadastro no Sine, objetivando alcançar mais recursos para qualificação. Para cada trabalhador colocado ou re-colocado no mercado de trabalho pelo Sine, o governo federal disponibiliza uma verba destinada à qualificação da mão-de-obra para o próximo ano.
De acordo com o coordenador do curso, o assessor especial da Setec, José de Abreu, a capacitação de vaqueiros justifica-se pelo fato de Mato Grosso ocupar lugar destaque no País na pecuária. "Temos um crescimento contínuo do rebanho bovino no Estado e isso demanda mão-de-obra capacitada para acompanhar essa expansão", disse Abreu.
A secretária de Trabalho, Emprego e Cidadania, Terezinha Maggi, destacou que os recursos aplicados no projeto são oriundos dos diversos leilões de gado, onde os pecuaristas arremataram lotes e doaram os recursos para a Setec. "Tenho parceiros em todas as áreas, seja agricultura, pecuária, construção civil, comércio, serviços. A iniciativa privada tem colaborado intensamente com o Governo na inclusão social dos cidadãos carentes através das parcerias nos projetos de qualificação profissional", destacou a secretária.
Depois de Alta Floresta, o curso será realizado em Apiacás, Juara, Juína, Brasnorte, Terra Nova do Norte e Colíder. Em 2005, a realização do curso está prevista nos municípios de Nova Canaã do Norte, São José do Xingu, Guarantã do Norte, Vila Rica, São José dos Quatro Marcos, Porto Espiridião, Água Boa, Canarana, Paranatinga, Itiquira, Vila Bela da Santíssima Trindade, Pontes e Lacerda, Rondonópolis e Cáceres.
São parceiros da Setec na realização do projeto a Associação dos Criadores de Nelore de Mato Grosso, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Empaer, Indea, Delegacia Regional do Trabalho (DRT), Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Senar.
Fonte:
Setec-MT
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375613/visualizar/
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