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Sistema de cotas é idéia indiana, diz pesquisador
As cotas para negros nas universidades públicas brasileiras foi um dos temas discutidos nesta terça-feira (24) no encontro que reuniu profissionais de educação no Ministério da Educação (MEC). Segundo o pesquisador de populações afro-brasileiras e africanas, Kabengele Munanga, o sistema de cotas não é uma idéia brasileira, os indianos foram os primeiros no mundo a adotar esse sistema. “As cotas na Índia beneficiam 160 milhões, que são conhecidos como "os intocáveis”, ressalta.
Nos Estados Unidos, o sistema de cotas existe desde 1960. Ao longo de 40 anos percebeu-se que as oportunidades melhoraram. Para o pesquisador, as cotas americanas favoreceram a diminuição das diferenças entre negros e brancos e aumentou a entrada de afro descendentes no ensino superior. “A interferência do estado, com a criação de políticas públicas e universais é importante para se incentivar o acesso nas universidades”, salienta Munanga.
Atualmente, ainda segundo o pesquisador, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e recentemente a França tem adotado políticas de cotas em universidades. “Um país como o Brasil, que sabe discriminar, deve saber também reconhecer seus discriminados”, desabafou Kabengele.
Para o economista Cláudio Moura Castro, o exemplo da Unicamp, que dá bônus de trinta pontos para negros na pontuação do vestibular, que é de 500 pontos, é a mais bem sucedida maneira de cotas para negros no Brasil. “Dessa maneira não desqualificamos o aluno e mantemos seu mérito”, disse. “Esta prática aumenta em 30% a entrada de alunos na faculdade”, explicou Cláudio Moura.
Segundo Moura Castro, o sistema de cotas do MEC ainda não é perfeito. “O sistema beneficia poucos, favorece a queda de qualidade do ensino, fornece privilégios para alunos de colégios privados e fere o princípio do mérito”, finalizou.
Nos Estados Unidos, o sistema de cotas existe desde 1960. Ao longo de 40 anos percebeu-se que as oportunidades melhoraram. Para o pesquisador, as cotas americanas favoreceram a diminuição das diferenças entre negros e brancos e aumentou a entrada de afro descendentes no ensino superior. “A interferência do estado, com a criação de políticas públicas e universais é importante para se incentivar o acesso nas universidades”, salienta Munanga.
Atualmente, ainda segundo o pesquisador, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra e recentemente a França tem adotado políticas de cotas em universidades. “Um país como o Brasil, que sabe discriminar, deve saber também reconhecer seus discriminados”, desabafou Kabengele.
Para o economista Cláudio Moura Castro, o exemplo da Unicamp, que dá bônus de trinta pontos para negros na pontuação do vestibular, que é de 500 pontos, é a mais bem sucedida maneira de cotas para negros no Brasil. “Dessa maneira não desqualificamos o aluno e mantemos seu mérito”, disse. “Esta prática aumenta em 30% a entrada de alunos na faculdade”, explicou Cláudio Moura.
Segundo Moura Castro, o sistema de cotas do MEC ainda não é perfeito. “O sistema beneficia poucos, favorece a queda de qualidade do ensino, fornece privilégios para alunos de colégios privados e fere o princípio do mérito”, finalizou.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/375749/visualizar/
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