Celulares GSM devem superar os CDMA já em dezembro
Em junho, havia 16,1 milhões de terminais CDMA no Brasil, todos da Vivo, e 12,5 milhões de GSM somando os da Oi, da Tim e da Claro. Em dezembro, prevê Baumgarten, serão 22 milhões de aparelhos GSM e 19 milhões de CDMA.
O padrão majoritário, pelos números de junho, ainda é o TDMA, com 24,9 milhões dos 53 milhões de celulares no País. As fabricantes de equipamento já decretaram, porém, que o TDMA, ainda muito usado pela Vivo, pela Claro e pela Tim, entre outras, não evoluirá mais. Por isso, Baumgarten não fez previsões para o TDMA. "Nossas projeções indicam que, em dezembro de 2006, o GSM vai superar 50% da planta brasileira e, no final da década, será 70% do mercado", afirma Baumgarten.
Caso as previsões se confirmem, a Vivo perderá participação no mercado. "A Vivo pode aumentar em números absolutos, mas vai perder participação no mercado porque escolheu o CDMA", diz Baumgarten.
A análise dele é de que o CDMA é mais caro e, por isso, tem boa performance em países ricos, mas não seria adequado para "países como o nosso, onde o preço é absolutamente crucial e o grosso do mercado é para baixo". Ele aposta que o maior crescimento dos celulares daqui para a frente será para a baixa renda porque as classes alta e média já estão razoavelmente abastecidas. Para Baumgarten, por conta da baixa renda do País, o grande uso dos celulares ainda é mesmo a voz e continuará sendo.
Baumgarten admite que os preços médios ao consumidor de aparelhos CDMA caíram mais que os de GSM desde o fim do ano passado, mas, argumenta que, mesmo assim, os aparelhos GSM sempre estiveram com a média de preços mais baixa que a do CDMA.
Outro fator que favorece a ampliação do GSM é que, segundo números de julho, o conjunto de fabricantes de celulares no Brasil ofereceria ao consumidor 130 modelos de aparelhos GSM, praticamente o dobro dos 64 modelos de terminais CDMA produzidos. Também havia ainda 37 modelos no padrão TDMA.
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