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Economia
Sexta - 20 de Agosto de 2004 às 07:28

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O estado de Mato Grosso tem quatro áreas com jazidas minerais já devidamente pesquisadas, quantificadas e com viabilidade técnica já avaliada. A informação foi dada pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia (MME), Miguel Antonio Cedraz Nery.

“Mato Grosso tem dado um incentivo muito grande ao setor mineral através da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia e pela Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat). O apoio tem sido feito através do fomento da mineração por meio de convênios realizados com o DNPM e com o Serviço Geológico do Brasil”, afirma Nery.

O projeto Monte Cristo, São Francisco, Chapada, e de produção de calcário para cimento são os quatro projetos em implantação no Estado. “Só o Projeto Monte Cristo, por exemplo, localizado no município de Rio Branco, prevê o investimento de US$ 11 milhões para exploração de chumbo, cobre e zinco. Já no projeto São Francisco serão investidos US$ 31 milhões, dos quais US$ 12 milhões já foram realizados com a previsão de gerar 150 empregos diretos”, diz o diretor-geral do DNPM.

Questionado sobre o principal desafio para o desenvolvimento sustentável da Amazônia sob a perspectiva mineral, o diretor-geral do DNPM ressaltou que a Amazônia é a nova fronteira mineral que precisa ser devidamente ocupada de forma planejada e sustentada.

“O primeiro desafio para a ocupação devidamente sustentada é dotar o sistema mineral brasileiro de recursos para que possamos investir em pesquisa que permitam dizer aos mineradores informações geológicas mínimas para que eles possam explorar e descobrir novas jazidas. Podemos fazer isso através das aerogeografias que identificam os locais em que há recursos minerais sem a necessidade de desmatar a floresta”, explica Nery.

O superintendente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Antônio Carlos Matias, tem opinião semelhante a do diretor-geral do DNPM. “Para ocorrer o desenvolvimento sustentável da Amazônia sob a Perspectiva Mineral precisamos primeiro ter o conhecimento geológico para saber quais são as riquezas minerais para que o minerador possa fazer as demarcações nos locais indicados. Necessitamos também do desenvolvimento tecnológico contínuo, para que possamos aproveitar ao máximo os rejeitos da mineração que antes eram jogados fora. E em terceiro lugar, os mineradores precisam obedecer a legislação existente referente à desativação das minas com devida recomposição das áreas exploradas”, acrescenta.

O desenvolvimento sustentável da Amazônia sob a perspectiva mineral foi debatido no Fórum durante o Amazontech 2004, nesta quarta-feira (18). “O fórum foi uma grande oportunidade para apagarmos a imagem da mineração degradadora”, finaliza Antônio Carlos Matias.




Fonte: Diário de Cuiabá

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