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Polícia Brasil
Quinta - 19 de Agosto de 2004 às 15:52
Por: ADILSON ROSA

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Segundo o delegado João Bosco de Barros, que investiga o caso, estudante não falou a verdade no depoimento.

O juiz da 13ª Vara Criminal de Cuiabá Adilson Polegato de Freitas decretou a prisão temporária por mais 15 dias do estudante Leonardo Rodrigues Jaune, de 22 anos. Preso há 40 dias, Leonardo foi indiciado como participante do assassinato do advogado Anderson Eustáquio da Costa, desaparecido desde o dia 29 de junho.

Segundo o delegado João Bosco de Barros, Leonardo foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O advogado ficou dez dias desaparecido até seu corpo ser localizado em uma região de garimpo. Anderson foi executado com três tiros de revólver e teve o abdome cortado com uma faca para que no seu interior fossem colocadas pedras e seu corpo pudesse afundar numa lagoa.

"Em seu último interrogatório, Leonardo não esclareceu as contradições. Não foi possível porque ele se reservou no direito de falar em juízo. Repito mais uma vez: o Leonardo está mentindo em seu depoimento. E quem não deve não teme", assegurou o delegado.

Barros acrescentou que não seria possível ele estar no lugar onde o advogado foi assassinado. "De uma coisa tenho certeza: se o Leonardo estivesse o local do crime, derrubaria o depoimento de testemunhas. Tudo indica que o estudante estivesse, mesmo, numa festa em Cuiabá na hora em que Anderson foi assassinado".

Como indício contra o estudante há a quebra do sigilo telefônico. Enquanto Leonardo disse que não ficou mais de 20 minutos com Anderson na região da avenida Rubens de Mendonça, o espelho das ligações aponta que, nesse mesmo horário de que fala Leonardo, o advogado recebeu uma chamada processada pela estação de radio base (ERB) do Distrito Industrial. Assim só seria possível captar sinal desse ERB quem estivesse nas proximidades dela ou em direção a Rondonópolis, região em que fica o garimpo onde o corpo foi encontrado. "Há uma ligação que Anderson recebeu através da ERB de Chapada, que também é a usada na região do Jatobá", completou o delegado.

Essas ligações foram feitas após as 18h30, horário em que, segundo Leonardo, ele deixou Anderson na avenida do CPA. O estudante deverá continuar preso na Delegacia de Vigilância e Capturas (Decap). Anderson foi executado com três tiros de revólver calibre 38, sendo dois na cabeça e um no tórax.




Fonte: Diário de Cuiabá

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