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Saúde
Quarta - 18 de Agosto de 2004 às 13:41
Por: Irene Lôbo

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Brasília - A partir deste sábado (21) até o dia três de setembro crianças até cinco anos de idade começam a receber a segunda dose da vacina contra paralisia infantil. Desta vez, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite vai durar duas semanas, tempo suficiente para que o Ministério da Saúde (MS) aplique também a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.

“Vamos fazer duas campanhas em uma. A primeira é a segunda dose da poliomielite, indispensável para manter as crianças protegidas. Vamos fazer também a tríplice viral. De cinco em cinco anos nós temos que fazer essa campanha do sarampo, porque uma parte das crianças que se vacinam não desenvolvem anticorpos suficientes para se proteger contra a doença”, explica o secretário de Vigilância em Saúde do MS, Jarbas Barbosa.

A meta nacional é imunizar pelo menos 95% das crianças menores de cinco anos, o que significa vacinar mais de 17 milhões contra pólio e 13,7 milhões contra o sarampo. Ao todo, 117 mil postos de saúde e 439 mil profissionais estarão mobilizados em todo o país das 8h às 17h.

O responsável pela criança deve levar o cartão de vacinação ao posto de saúde e atualizar as vacinas que faltam. Segundo o ministério, mesmo com tosse, gripe ou diarréia, os menores de cinco anos devem ser vacinados. A vacina não possui contra-indicação.

O último caso de poliomielite no Brasil foi registrado em 1989. Mesmo com a erradicação da doença, as campanhas continuam por medida de segurança, já que a pólio está presente em outros países. “Um turista, um migrante, pode trazer o vírus e reiniciar a transmissão em nosso país se a gente não fizer a vacinação”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Exemplo disso é que em 1995 o Brasil já havia alcançado um bom nível de controle do sarampo, o que fez com que muitos estados dispensassem a cobertura vacinal. Um ano depois o sarampo retornou ao país. A epidemia estourou entre 1997 e 1998, com registro de 53 mil casos e 61 mortes. Hoje o sarampo está controlado. Desde 2001 não há casos da doença no Brasil, mas somente a vacinação pode impedir que a doença volte a ser registrada.




Fonte: Agência Brasil

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