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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Quarta - 18 de Agosto de 2004 às 11:13

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Oito padres e dois seminaristas foram detidos na província chinesa de Hebei, dentro da campanha do governo contra as religiões não autorizadas, denunciou hoje, quarta-feira, uma organização humanitária.

Os sacerdotes Huo Junlong, Zhang Zhenquan e Huan estão entre os detidos na semana passada no povoado de Sujiazhuang, em Hebei, uma das províncias onde o cristianismo está mais difundido, segundo a Fundação Cardeal Kung.

"Cerca de 20 carros de polícia e um amplo grupo de agentes cercaram o povoado e procuraram casa por casa até encontrar os padres e os seminaristas, que foram detidos", denunciou a fonte.

A Constituição chinesa autoriza a prática de diferentes religiões entre seus cidadãos, desde que estejam registradas, mas persegue e prende os paroquianos de outros movimentos ou seitas não permitidos pelo Partido Comunista.

No país há 16 milhões de católicos registrados na Associação Católica Patriótica Chinesa, autorizada pelo governo. Segundo fontes do Vaticano, a igreja católica clandestina tem mais de oito milhões de fiéis, que são obrigados a celebrar missas em segredo em suas casas, ainda com o risco de serem presos.

Segundo a Fundação Kung, a China acolhe milhões de protestantes, entre batistas e luteranos, além de milhares de cristãos ortodoxos.

Pelo menos 10 bispos e 25 padres e seminaristas católicos estão presos em campos de trabalho ou sob prisão domiciliar, a maioria deles em Hebei, importante centro do catolicismo na China, segundo a fonte.

O Vaticano é um dos poucos países que não tem relações diplomáticas com a China, já que mantém vínculos com Taiwan, a ilha rebelde onde se refugiou o governo nacionalista da China depois de perder a guerra contra os comunistas em 1949.

Em várias ocasiões, Pequim disse que só estabelecerá relações com o Vaticano se este romper vínculos com Taiwan e se comprometer a "não violar a soberania nem interferir em assuntos internos" do país, em referência a suas críticas à falta de liberdade religiosa.




Fonte: EFE

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