Thomaz Bastos ressalta trabalho ambicioso da Operação Farol da Colina

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse hoje que o trabalho da “Operação Farol da Colina” pode ter muitos desdobramentos, inclusive de natureza fiscal, capazes de gerar autuações por sonegação fiscal e evasão de divisas. Ele ressaltou o trabalho ambicioso reunindo, além da Polícia Federal, a Receita Federal, o Banco Central, o Ministério Público Federal e o juizado especializado em lavagem de dinheiro de Curitiba.

De acordo com o ministro, a operação mostra a política de combate ao crime organizado do governo. “É uma política impessoal, republicana, que não olha para quem vai atingir, não olha para quem vai investigar”, afirmou.

Thomaz Bastos revelou que as investigações começaram nos Estados Unidos há mais de um ano e correram sob sigilo. “Nem eu sabia. Ninguém, fora as pessoas que operavam o trabalho, sabiam da existência, do tamanho, do alcance, da virtualidade dessa operação”, afirmou.

A “Operação Farol da Colina” foi deflagrada esta manhã em oito estados e envolveu cerca de 800 policiais federais de todo país. De acordo com a Polícia Federal, estão sendo cumpridos mais de 200 mandados de busca e apreensão. A operação é um desdobramento das investigações realizadas desde 1997 no chamado “Caso Banestado”, e leva este nome devido à tradução livre de Beacon Hill, a empresa que seria uma das maiores beneficiárias de contas abertas na agência do Banestado, em Nova Iorque.