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Esportes
Domingo - 15 de Agosto de 2004 às 16:05
Por: Livio Oricchio

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Ferrari comemora título com dobradinha A matemática do título (clique aqui) Budapeste - A essência de uma atividade esportiva é a dúvida sobre quem irá vencer, quem é o melhor. Ocorre que Michael Schumacher é tão superior a todos de sua geração, hoje na Fórmula 1, que a alternativa para manter o interesse na competição não é tentar antecipar o vencedor das provas, já se sabe, mas quais são os seus limites, onde ele pode chegar. E a cada etapa, como neste domingo no GP da Hungria, todos os parâmetros imaginados têm de ser repensados: são sempre mais altos do que normalmente se projeta.

Schumacher venceu no circuito Hungaroring pela 12ª vez na temporada, recorde absoluto, obteve sua sétima vitória seguida, recorde no mesmo campeonato, a Ferrari conquistou o título de construtores pela sexta vez seguida, 14º da sua história, e confirmou que o Mundial de Pilotos ficará com Schumacher ou, no caso de um milagre dos bem grandes, com Rubens Barrichello, segundo colocado neste domingo. Foi a sétima dobradinha este ano. Já na próxima etapa, dia 29 na Bélgica, a Ferrari poderá repetir a festa programada para esta segunda-feira em Maranello para comemorar a vitória deste domingo entre as equipes. Tudo o que Schumacher precisa para ser campeão em Spa-Francorchamps é de dois pontos a mais que Rubinho.

Ao sair da sua fantástica Ferrari F2004, depois de liderar as 70 voltas da corrida, Schumacher celebrou como se fosse a primeira vez que estava vencendo e não a 82ª. É esse estímulo máximo que toma conta do piloto que mais preocupa seus concorrentes e, com certeza, os dirigentes da Fórmula 1. Quando dará sinais de arrefecimento? E os resultados poderão ser menos previsíveis? "Hoje é um dia histórico, obter o sexto título seguido representa muito mais que as 12 vitórias e é ainda mais importante porque é o 14º da Ferrari", afirmou Schumacher. "Ganhar esta prova, como fizemos, depois do que passamos aqui mesmo ano passado, permite compreender as razões de tão cedo no campeonato (13ª etapa em 18) termos assegurado o título."

Em 2003, Schumacher largou em oitavo e chegou em oitavo, uma volta atrás de Fernando Alonso, da Renault, vencedor. Rubinho era o quinto no grid, mas abandonou por quebra da suspensão traseira esquerda. "Todos na equipe merecem esse resultado pelo trabalho que realizaram."

Pneus - O maior avanço e que explica em grande parte o sucesso deste domingo veio da Bridgestone, ponto fraco em 2003. "Testamos esses pneus em Jerez, antes do GP da Alemanha. Sabíamos que em condição de corrida eles seriam muito bons, mas tinha minhas dúvidas quanto ao que poderíamos fazer na classificação." Ele largou na pole position e Rubinho em segundo. Fernando Alonso, da Renault, completou o pódio, em terceiro. "Viemos para cá acreditando que seríamos competitivos como no ano passado", disse. Ele cruzou a linha de chegada 44 segundos atrás de Schumacher. "Era impossível acompanhar o ritmo da Ferrari. A Michelin, que nos deu a vantagem em 2003, desta vez não repetiu seu desempenho." E comentou até sobre 2005: "Nós precisamos evoluir e a Michelin também se desejarmos nos aproximar da Ferrari."

A decepção por estar tão mais lento que a Ferrari, por conta de dominar a corrida em 2003, era visível no espanhol. Nem ele nem ninguém na Fórmula 1 pensou que a Bridgestone pudesse recuperar tanto terreno de um ano para o outro na mesma pista.

Juan Pablo Montoya, da Williams, classificou-se em quarto, Jenson Button, quinto, e Takuma Sato, ambos da BAR, sexto, e Antonio Pizzonia, Williams, sétimo. Sato estará nesta segunda-feira em São Paulo, numa promoção da British American Tobacco, proprietária da BAR, para dar uma aula de como preparar sushi, num restaurante da Liberdade. Felipe Massa, Sauber, e Ricardo Zonta, Toyota, não completaram a prova.

Confira a ordem de chegada no GP da Hungria:

1) Michael Schumacher (ALE) - Ferrari - 1h35m26s

2) Rubens Barrichello (BRA) - Ferrari

3) Fernando Alonso (ESP) - Renault

4) Juan Pablo Montoya (COL) - Williams-BMW

5) Jenson Button (ING) - BAR-Honda

6) Takuma Sato (JAP) - BAR-Honda

7) Antonio Pizzonia (BRA) - Williams-BMW

8) Giancarlo Fisichella (ITA) - Sauber-Petronas

9) David Coulthard (ESC) - McLaren-Mercedes

10) Mark Webber (AUS) - Jaguar-Cosworth

11) Olivier Panis (FRA) - Toyota

12) Nick Heidfeld (ALE) - Jordan-Ford

13) Christian Klien (AUT) - Jaguar-Cosworth

14) Giamaria Bruni (ITA) - Minardi-Ford

15) Zsolt Baumgartner (HUN) - Minardi-Ford

Abandonaram:

Giorgio Pantano (ITA) - Jordan-Ford

Jarno Trulli (ITA) - Renault

Ricardo Zonta (BRA) - Toyota

Felipe Massa (BRA) - Sauber-Petronas

Kimi Raikkonen (FIN) - McLaren-Mercedes

Confira a classificação mundial de pilotos:

1) Michael Schumacher (ALE) - 120 pontos

2) Rubens Barrichello (BRA) - 82 pontos

3) Jenson Button (ING) - 65 pontos

4) Jarno Trulli (ITA) - 46 pontos

5) Fernando Alonso (ESP) - 45 pontos

6) Juan Pablo Montoya (COL) - 38 pontos

7) David Coulthard (ING) - 19 pontos

8) Kimi Raikkonen (FIN) - 18 pontos

9) Takuma Sato (JAP) - 18 pontos

10) Giancarlo Fisichella (ITA) - 14 pontos

11) Ralf Schumacher (ALE) - 12 pontos

12) Mark Webber (AUS) - 7 pontos

13) Felipe Massa (BRA) - 5 pontos

14) Olivier Panis (FRA) - 5 pontos

15) Antonio Pizzonia (BRA) - 4 pontos

16) Cristiano Da Matta (BRA) - 3 pontos

17) Nick Heidfeld (ALE) - 3 pontos

18) Timo Glock (ALE) - 2 pontos

19) Zsolt Baumgartner (HUN) - 1 ponto

20) Christian Klien (AUT) - sem pontuação

21) Giorgio Pantano (ITA) - sem pontuação

22) Giamaria Bruni (ITA) - sem pontuação

23) Ricardo Zonta (BRA) - sem pontuação

Confira a classificação do Mundial de Construtores:

1) Ferrari - 202 pontos (Campeão)

2) Renault - 91 pontos

3) BAR - 83 pontos

4) Williams - 54 pontos

5) McLaren-Mercedes - 37 pontos

6) Sauber-Petronas - 19 pontos

7) Toyota - 8 pontos

8) Jaguar - 7 pontos

9) Jordan Ford - 5 pontos

10) Minardi Cosworth - 1 ponto




Fonte: AE

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