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Sonda detecta novo campo magnético em Saturno
A sonda euro-americana Cassini- Huygens captou sinais de rádio que revelam a existência de um novo cinturão de radiação, pouco acima das nuvens mais altas de Saturno. A descoberta permitiu aos cientistas constatar que estes campos invisíveis, com ions e elétrons de alta concentração energética, existem mais próximos do planeta do que se imaginava.
Os campos magnéticos têm forte influência sobre a formação de um planeta, principalmente sobre a evolução de sua atmosfera e sua relação com satélites, gases e outros objetos em sua órbita, segundo Donald Mitchell, da Universidade Johns Hopkins, encarregado do instrumental de imagens magnetosféricas na missão. "A temperatura e a composição química da alta atmosfera também são influenciadas", explicou.
As imagens produzidas a partir de radiofreqüência mostram que os cinturões de radiação de Saturno têm estrutura simétrica e achatada.
Relâmpagos
Os cientistas que estudam a atmosfera de Saturno constataram que a ocorrência de tempestades e relâmpagos no planeta parece agora muito diferente da observada nos anos 80 pela através da sonda Voyager. A Cassini-Huygens tem registrado relâmpagos menos freqüentes.
"A Cassini tem registrado relâmpagos que ocorrem de forma muito esporádica", disse Bill Kurth, da Universidade de Iowa, que analisa informações do sistema de ondas de rádio e plasma. "Alguns dias não vemos nenhum relâmpago, e em outros temos evidência de, talvez, mas de uma tempestade."
Pode haver alguma influência da sombra dos anéis sobre o planeta. Na época da coleta de dados pela Voyager, a luz do Sol estava incidindo sobre Saturno como no alto verão equatorial da Terra. Assim, os raios solares atingiam com mais intensidade esta área, num ângulo que produzia uma estreita faixa de sombra dos anéis. A combinação de sobra densa e raios de sol intensos numa mesma região pode ter provocado então uma convergência de fatores que originavam mais tempestades.
Atmosfera mais densa
Atualmente o Sol está iluminando mais o hemisfério sul de Saturno e a face "inferior" do disco dos anéis, produzindo uma faixa mais ampla de sombra dos anéis no hemisfério norte, onde a incidência de tempestades parece ser menor. As tempestades estão associadas a "nuvens super-rotacionais" presentes na região do equador, que tem fortes correntes de vento.
Outra diferença importante, segundo os cientistas, é que as tempestades estão levando um tempo maior para percorrer o planeta: cerca de 10 horas e 45 minutos, contra a média de 10 horas e 5 minutos registrada pela Voyager no início dos anos 80. Isso faz crer que as tempestades registradas atualmente formam-se fora do equador, onde os ventos são menos fortes e mais lentos.
Kevin Baines, ligado à equipe de espectrografia infravermelha, informou que os dados da Cassini-Huygens sobre Titã revelaram que a atmosfera da maior lua de Saturno é extremamente densa. Em dezembro, a sonda Huygens vai se desprender da Cassini para pousar em Titã.
Os campos magnéticos têm forte influência sobre a formação de um planeta, principalmente sobre a evolução de sua atmosfera e sua relação com satélites, gases e outros objetos em sua órbita, segundo Donald Mitchell, da Universidade Johns Hopkins, encarregado do instrumental de imagens magnetosféricas na missão. "A temperatura e a composição química da alta atmosfera também são influenciadas", explicou.
As imagens produzidas a partir de radiofreqüência mostram que os cinturões de radiação de Saturno têm estrutura simétrica e achatada.
Relâmpagos
Os cientistas que estudam a atmosfera de Saturno constataram que a ocorrência de tempestades e relâmpagos no planeta parece agora muito diferente da observada nos anos 80 pela através da sonda Voyager. A Cassini-Huygens tem registrado relâmpagos menos freqüentes.
"A Cassini tem registrado relâmpagos que ocorrem de forma muito esporádica", disse Bill Kurth, da Universidade de Iowa, que analisa informações do sistema de ondas de rádio e plasma. "Alguns dias não vemos nenhum relâmpago, e em outros temos evidência de, talvez, mas de uma tempestade."
Pode haver alguma influência da sombra dos anéis sobre o planeta. Na época da coleta de dados pela Voyager, a luz do Sol estava incidindo sobre Saturno como no alto verão equatorial da Terra. Assim, os raios solares atingiam com mais intensidade esta área, num ângulo que produzia uma estreita faixa de sombra dos anéis. A combinação de sobra densa e raios de sol intensos numa mesma região pode ter provocado então uma convergência de fatores que originavam mais tempestades.
Atmosfera mais densa
Atualmente o Sol está iluminando mais o hemisfério sul de Saturno e a face "inferior" do disco dos anéis, produzindo uma faixa mais ampla de sombra dos anéis no hemisfério norte, onde a incidência de tempestades parece ser menor. As tempestades estão associadas a "nuvens super-rotacionais" presentes na região do equador, que tem fortes correntes de vento.
Outra diferença importante, segundo os cientistas, é que as tempestades estão levando um tempo maior para percorrer o planeta: cerca de 10 horas e 45 minutos, contra a média de 10 horas e 5 minutos registrada pela Voyager no início dos anos 80. Isso faz crer que as tempestades registradas atualmente formam-se fora do equador, onde os ventos são menos fortes e mais lentos.
Kevin Baines, ligado à equipe de espectrografia infravermelha, informou que os dados da Cassini-Huygens sobre Titã revelaram que a atmosfera da maior lua de Saturno é extremamente densa. Em dezembro, a sonda Huygens vai se desprender da Cassini para pousar em Titã.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/376441/visualizar/
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