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Chávez critica Bush mas continua vendendo petróleo
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que neste domingo terá o mandato submetido a um referendo, faz acusações a Bush constantemente, mas afirma que, caso seja mantido no poder, o abastecimento de petróleo para os Estados Unidos deverá continuar normalmente.
"Bush é o diabo", "Bush representa a máfia, uma verdadeira máfia de assassinos", "Bush está por trás do golpe de Estado de 12 de abril (de 2002, que tirou Chávez do poder por 47 horas)" são algumas das frases formuladas pelo governante venezuelano nas últimas semanas.
Hoje, Chávez reiterou sua acusação de que Bush está por trás da oposição que tenta tirá-lo do poder: "Há uma casta em Washington que avança com ímpeto sobre o mundo, como tem avançado contra nós. Mas exigimos respeito", disse.
O ex-tenente-coronel do exército, que chegou à presidência em fevereiro de 1999, afirmou que nas últimas semanas "Washington tem dado declarações que podem sugerir uma leve melhora" nas relações entre os dois países. No entanto, Chávez declarou: "Não esperamos grande coisa" dos Estados Unidos com Bush no poder.
O presidente venezuelano não esconde sua simpatia pelo rival democrata de Bush nas eleições de novembro, John Kerry. "Se o senhor Kerry ganhar, esperamos que tenha início uma nova etapa de relações sinceras, francas, de cooperação entre os dois governos", disse Chávez.
Apesar de ter advertido Bush recentemente de que não venderia "nem uma gota a mais" de petróleo caso os Estados Unidos se intrometam na política venezuelana, Chávez afirmou nesta quinta-feira que o país continuará abastecendo a potência do norte de petróleo. Chávez lembrou que há alguns dias, inclusive, seu governo outorgou à companhia Chevron-Texaco uma concessão para explorar gás nas costa do país.
"A Venezuela hoje é uma potência mundial em energia" e os Estados Unidos "nunca serão auto-suficientes" em matéria energética. Chávez insistiu que a invasão do Iraque é a principal causa dos altos preços do petróleo.
Hoje, o preço do barril de petróleo passou de US$ 45 em Nova York.
"Bush é um fanático que está disposto a atuar contra qualquer tipo de ameaça contra seu país e acontece que a pequena Venezuela, em sua concepção, é uma ameaça aos Estados Unidos", disse à AFP o porta-voz do comando de campanha de Chávez, Samuel Moncada.
"Nosso maior inimigo é o governo de Bush, porque sem ele a oposição não teria força", assegurou.
O general reformado e especialista em geopolítica Alberto Müller Rojas disse que "esse argumento (Bush como inimigo) é o mais eficaz que a campanha de Chávez possui", porque "a maioria dos venezuelanos não gosta da a vinculação da oposição com Washington".
O conflito aberto entre Washington e Caracas começou logo depois do bombardeio dos Estados Unidos ao Afeganistão, quando Chávez criticou os americanos abertamente e se mostrou indignado com as fotos de crianças mortas pelas bombas.
Depois disso, a troca de acusações foi constante: funcionários americanos destacaram as estreitas relações de Chávez com o presidente cubano Fidel Castro chamando o presidente da Venezuela de autoritário. Caracas, por sua vez, respondeu com acusações sobre a intromissão americana na política interna venezuelana.
"Bush é o diabo", "Bush representa a máfia, uma verdadeira máfia de assassinos", "Bush está por trás do golpe de Estado de 12 de abril (de 2002, que tirou Chávez do poder por 47 horas)" são algumas das frases formuladas pelo governante venezuelano nas últimas semanas.
Hoje, Chávez reiterou sua acusação de que Bush está por trás da oposição que tenta tirá-lo do poder: "Há uma casta em Washington que avança com ímpeto sobre o mundo, como tem avançado contra nós. Mas exigimos respeito", disse.
O ex-tenente-coronel do exército, que chegou à presidência em fevereiro de 1999, afirmou que nas últimas semanas "Washington tem dado declarações que podem sugerir uma leve melhora" nas relações entre os dois países. No entanto, Chávez declarou: "Não esperamos grande coisa" dos Estados Unidos com Bush no poder.
O presidente venezuelano não esconde sua simpatia pelo rival democrata de Bush nas eleições de novembro, John Kerry. "Se o senhor Kerry ganhar, esperamos que tenha início uma nova etapa de relações sinceras, francas, de cooperação entre os dois governos", disse Chávez.
Apesar de ter advertido Bush recentemente de que não venderia "nem uma gota a mais" de petróleo caso os Estados Unidos se intrometam na política venezuelana, Chávez afirmou nesta quinta-feira que o país continuará abastecendo a potência do norte de petróleo. Chávez lembrou que há alguns dias, inclusive, seu governo outorgou à companhia Chevron-Texaco uma concessão para explorar gás nas costa do país.
"A Venezuela hoje é uma potência mundial em energia" e os Estados Unidos "nunca serão auto-suficientes" em matéria energética. Chávez insistiu que a invasão do Iraque é a principal causa dos altos preços do petróleo.
Hoje, o preço do barril de petróleo passou de US$ 45 em Nova York.
"Bush é um fanático que está disposto a atuar contra qualquer tipo de ameaça contra seu país e acontece que a pequena Venezuela, em sua concepção, é uma ameaça aos Estados Unidos", disse à AFP o porta-voz do comando de campanha de Chávez, Samuel Moncada.
"Nosso maior inimigo é o governo de Bush, porque sem ele a oposição não teria força", assegurou.
O general reformado e especialista em geopolítica Alberto Müller Rojas disse que "esse argumento (Bush como inimigo) é o mais eficaz que a campanha de Chávez possui", porque "a maioria dos venezuelanos não gosta da a vinculação da oposição com Washington".
O conflito aberto entre Washington e Caracas começou logo depois do bombardeio dos Estados Unidos ao Afeganistão, quando Chávez criticou os americanos abertamente e se mostrou indignado com as fotos de crianças mortas pelas bombas.
Depois disso, a troca de acusações foi constante: funcionários americanos destacaram as estreitas relações de Chávez com o presidente cubano Fidel Castro chamando o presidente da Venezuela de autoritário. Caracas, por sua vez, respondeu com acusações sobre a intromissão americana na política interna venezuelana.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/376511/visualizar/
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