Atuação do Brasil no Haiti aprofunda relações com América Central

O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, destacou hoje que a participação de tropas brasileiras na força de paz das Nações Unidas no Haiti aprofunda as relações do Brasil com os países integrantes da Caricom (Comunidade do Caribe), grupo que reúne nações centro-americanas. "O Brasil foi o único que consultou os países da Caricom a respeito do Haiti", afirmou. Ele lembrou que outros países que atuaram antes no Haiti, como os Estados Unidos e a França, não tomaram essa medida, deixando as nações caribenhas "ressentidas". Guimarães ressaltou ainda que a presença brasileira conta com a aprovação do governo daquele país e se dá de maneira cooperativa, não "intrusiva".

O embaixador disse que o Brasil também consultou previamente o governo haitiano se era desejada a participação do nosso país no processo de paz. Pinheiro lembrou que a força de paz no Haiti é um grande desafio para o governo brasileiro. Ele ressaltou que nossa presença no território haitiano tem o intuito de cooperar e não de impor regras.

De acordo com o embaixador, no próximo dia 23, uma missão irá para o Haiti com o objetivo de verificar setores da economia do país em que o Brasil pode oferecer assistência técnica, como a agricultura.

O secretário participou nesta manhã na oitava edição dos Fóruns do Planalto, no Palácio do Planalto. Criado no ano passado, os fóruns visam informar os servidores da Presidência da República sobre as ações do governo. Samuel Pinheiro ministrou palestra sobre a política externa brasileira. Já passaram pelo evento os ministros da Casa Civil, José Dirceu, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica, Luiz Gushiken, entre outros.