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Economia
Quarta - 11 de Agosto de 2004 às 20:36
Por: Rosi Medeiros/Nelson Francisco

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O presidente da MT Gás e secretário de Comunicação Social, José Carlos Dias, assinou nesta quarta-feira (11.08) o contrato com a empresa Idom Engenharia Arquitetura e Consultoria, que venceu a licitação, para elaborar o projeto detalhado para implantação da rede de distribuição de gás natural, inicialmente de uma extensão de 21 quilômetros, em Cuiabá. A solenidade contou com a presença de representantes dos empresários do ramo da indústria e de empresas potencialmente consumidoras de gás natural.

José Carlos Dias informou que o desafio da empresa é iniciar a distribuição de gás natural na Capital até o final deste ano. “Se não houver nenhum tipo de problema durante a licitação da obra e se os prazos forem obedecidos corretamente, ainda nesse ano teremos gás disponível”, afirmou. Segundo ele, o traçado da rede pode ser modificado. “Nós temos várias alternativas, vamos verificar qual é a melhor alternativa de suplemento, os 21 km certamente colocarão o gás a uma distância muito próxima do centro de Cuiabá”, explicou.

Uma das regiões que serão beneficiadas com a implantação da rede de gás natural, será o Distrito Industrial de Cuiabá que concentra grande parte das maiores indústrias da Capital. “Todo processo de implantação do mercado de gás natural está ligado a uma âncora. Naquela região é o Distrito Industrial que tem um consumo acima de 200 mil metros cúbicos”, explicou o presidente da MT Gás.

A implantação da rede levará em conta também empresas com grande consumo, que se torna uma base, beneficiando outras empresas menores que estão no seu entorno. “O pequeno cliente também será atendido, um grande número de pequenos acaba se tornado um grande consumidor também. Então eu diria que o gás natural é um combustível bem ‘socialista’ mesmo”, enfatizou.

Para o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Nereu Pazini, a perspectiva de ter o gás natural sendo distribuído até o final do ano vem de encontro ao anseio do setor. “É muito importante para as indústrias que terão a possibilidade de reduzirem seus custos, uma forma de energia alternativa, deixando de consumir diesel, lenha, barateando o custo industrial”, destacou. Durante a solenidade ele propôs e o presidente da MT Gás aceitou o convite para realizar um worshop para apresentação do projeto aos empresários do ramo da indústria.

“Nós vamos nos engajar nessa campanha para que todos os empresários do Distrito Industrial usem o gás natural para tocar suas empresas”, afirmou o presidente da Associação dos Empresários do Distrito Industrial, Jandir Milan. Ele destacou que está é mais uma realização do Governo que vem beneficiar os empresários da região. “Em um ano e meio, o Governo mudou completamente a imagem do Distrito, o que foi feito de asfalto na região é mais do que tudo que foi realizado neste 20 ano”, destacou. As mudanças fizeram com que 35 empresas estejam em se instalando no local e no geral os empresário da região são responsáveis pela geração de 8 mil empregos diretos.

FUTURO - A empresa MT Gás, criada em julho do ano passado, é responsável em Mato Grosso pelo gerenciamento e distribuição do gás natural vindo da Bolívia. A empresa vai atuar regionalmente, inicialmente serão atendidos os mercados de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres - por ande passa o gasoduto - e, mais tarde, Rondonópolis. Por determinação do governador Blairo Maggi, a distribuição do gás vai atender primeiro as empresas instaladas no Distrito Industrial e os veículos equipados com kit para utilização do Gás Natural Veicular (GNV).

Além do contrato assinado com a empresa Idom Engenharia, a área de construção da rede pela MT Gás incluirá mais quatro a cinco projetos similares totalizando uma extensão de 100 quilômetros. De acordo com o presidente da MT Gás, a empresa já iniciou as negociações para fazer o suprimento da rede de gás físico com implantação da rede de gás virtual, sem o uso de dutos, em algumas regiões que não serão atendidas neste momento. “Estas negociações vão ser estender pelos próximos meses, a intenção fechar o mais rápido para que possamos fazer o atendimento”, disse.

De acordo com o presidente com a combinação do gasoduto físico e virtual, com três anos de funcionamento a proposta da empresa é de se criar uma tarifa única. “Para isso vamos buscar a ajuda da Fiemt para o apoio ao projeto e para que possamos travar essa discussão”, disse enfatizando que todo processo de implantação e funcioamento da rede via correr na mais absoluta transparência e de forma debatida com todos os envolvidos. MERCADO - Atualmente existem no Brasil 24 empresas distribuidoras de gás. Destas, seis estão em início de modelagem. Das outras 18, cinco delas são privadas, 11 são de economia mista com participação da Petrobrás. E em Minas Gerais, a empresa é subsidiária da Cemig e, em Mato Grosso, a companhia, embora seja mista, pertence totalmente ao Governo.

O consumo de gás natural no Brasil atingiu uma média de 37,2 milhões de metros cúbicos por dia em junho, o que representa um aumento de 3,9% em relação a maio, segundo levantamento da Abegás. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 24,7%. No acumulado de janeiro a junho deste ano, o aumento foi de 26,2%.

Por região, o resultado foi impactado pelo aumento de produção das usinas termelétricas no Nordeste, apesar das chuvas que atingiram a região nos últimos meses, pelas baixas temperaturas nessa época do ano nas regiões Sul e Sudeste e pelo consumo industrial, em conseqüência da retomada da economia. O Nordeste cresceu 6,1%; Sudeste, 1,3%; Centro-Oeste, 1,7% e Sul, 17,6%. O bom resultado pode ser medido pelas termelétricas, cujo consumo saiu de um patamar negativo de 22,7% em maio para um crescimento de 8,5% em junho.




Fonte: Secom - MT

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