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Economia
Quarta - 11 de Agosto de 2004 às 15:16
Por: Stefan Barth

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Metade das pequenas empresas que se criam anualmente no país fecha as portas nos dois primeiros anos de funcionamento. Essa é uma das maiores taxas de mortalidade de empresas do mundo, segundo Silvano Gianni, diretor presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

A pesquisa do Sebrae sobre mortalidade de empresas, divulgada hoje, detectou também que 32% dos proprietários das empresas que fecharam não procuraram nenhuma forma de assessoria ou auxílio ao enfrentar dificuldades financeiras. O levantamento constatou que 90% das empresas que encerraram atividades não participavam de qualquer tipo de rede associativa.

De acordo com o levantamento, feito no segundo trimestre deste ano em todos os estados com base nos registros das Juntas Comerciais, de 1,3 milhão de empresas criadas entre 2000 e 2002, 552.774 fecharam antes de completar três anos de vida e 49,4% com menos de dois anos.

Essas 772.679 empresas geravam 2,4 milhões de empregos e investiram cerca de R$ 19,8 bilhões. Por ano, são registrados cerca de 470 mil aberturas de empresas no país.

Segundo apurou o Sebrae, grande parte das pequenas empresas fecham por causa de falhas gerenciais, como falta de capital de giro, problemas financeiros e a ausência de uma pesquisa de mercado. O levantamento mostrou que a burocracia também é um grande entrave para a continuidade do negócio.

Na opinião de Gianni “para diminuir a mortalidade das pequenas empresas, devemos trabalhar para capacitar o empresário”.

Apoiado nos dados da pesquisa, o Sebrae vai desencadear uma campanha de atuação com contadores financeiros. Esses profissionais serão treinados e servirão de canal de comunicação entre o Sebrae e o empresário. Paralelamente, o órgão disponibilizará cursos gratuitos para melhorar a capacitação de donos de empresas.




Fonte: Agência Brasil

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