Parmalat rejeita pedido de alguns bancos para troca de dívida

A Parmalat informou nesta terça-feira que não incluirá alguns dos maiores bancos globais em seu plano de recuperação, que visa trocar parte dos bônus dos credores por ações da empresa.

O administrador da Parmalat, Enrico Bondi, rejeitou os pedidos do Bank of America, do Deutsche Bank e do UBS --que já estão sendo processados pela empresa por acordos antes de sua insolvência-- para terem os seus bônus incluídos no acordo de troca de 14 bilhões de euros da dívida por ações.

"Transações consideradas legalmente contenciosas não serão incluídas nesta troca", afirmou uma fonte próxima à negociação. "Isto será feito para manter o processo caminhando", acrescentou.

Desde que declarou insolvência, a Parmalat está articulando plano de recuperação que, além de realizar a troca de bônus, inclui processos judiciais contra bancos que fizeram acordos financeiros com a antiga administração do grupo italiano.

Bondi acredita que poderá recuperar bilhões de dólares desta maneira, provando que houve acordos ilícitos entre os bancos e a empresa.

Os bancos terão até 18 de setembro para apelar da lista de credores de Bondi. Após esta data, um tribunal italiano finalizará e aprovará a lista dos detentores de bônus da Parmalat que serão autorizados a receber parte das ações oferecidas no acordo.