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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Terça - 10 de Agosto de 2004 às 07:54

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Pesquisadores americanos afirmaram ter localizado um gene que controla os níveis de uma substância química cerebral que influi no humor, sobretudo das mulheres. O estudo foi publicado pela revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences e indica que pessoas que têm uma variante desse gene estão mais propensas a reagir mal a experiências ruins.

As fêmeas dos macacos pesquisados portadoras dessa variante do gene apresentaram mais sinais de variação no humor e maiores níveis de um hormônio relacionado ao estresse do que os machos.

Os cientistas se concentraram no estudo da variante do gene chamada de "alelo s". Pessoas com essa variante têm uma produção menor de uma proteína que controla os níveis da substância serotonina no cérebro.

Trabalhos anteriores já haviam levantado a suspeita de que indivíduos com essa variante do gene teriam mais propensão a ficar deprimidos ao atravessar más experiências.

Macacos

No estudo mais recente, foram observados os níveis de hormônios relacionados ao estresse em 190 filhotes de macaco com idades equivalentes em termos humanos a entre nove meses e dois anos.

Os cientistas mediram os níveis hormonais depois de 30 minutos de separação dos outros animais. Nessa situação, os macacos costumam ficar estressados por estarem acostumados à companhia dos outros.

Os pesquisadores descobriram então que, depois da separação, os animais com os mais altos níveis de hormônios de estresse eram as fêmeas portadoras do "alelo s" e com um histórico de problemas.

Os médicos acreditam que, se a descoberta puder ser aplicada nos humanos, mulheres portadores do "alelo s" seriam mais vulneráveis a variações no humor, principalmente se tiverem sido expostas a situações de estresse durante a infância, como vítimas de abuso e negligência.

No entanto, a pesquisadora Christina Barr disse à BBC que ainda não foi esclarecido por que homens e mulheres reagem diferentemente.

Para ela, é possível que os hormônios sexuais tenham alguma influência sobre isso.




Fonte: BBC Brasil

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