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Saúde
Segunda - 09 de Agosto de 2004 às 16:42
Por: Irene Lôbo

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As operadoras de saúde, representadas pela Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg) e pela Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), decidem, nesta quinta-feira (12), se aceitam a proposta de reajuste de mensalidades dos contratos anteriores a janeiro de 1999, elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB- SP).

A proposta da OAB-SP, apresentada às empresas de saúde privada, entidades de defesa do consumidor e associações médicas na última quinta-feira (5), sugere que os contratos antigos sejam transformados em novos, aplicando-se um reajuste de 15%. Depois da adaptação, os contratos receberiam ainda um reajuste adicional de 11,75% proposto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que resultaria num reajuste total de 26,75% para todos os contratos.

Segundo o presidente da OAB-SP, Luís Flávio Borges D’Urso, a adaptação não seria compulsória. “Nós temos um caminho de conciliação. Estamos encaminhando para a ANS essa proposta, para que um representante compareça na próxima reunião de quinta-feira, na tentativa de, juntos, encontrarmos uma proposta única, um ponto de equilíbrio no setor”, afirma.

Até agora, a ANS não participou das reuniões da OAB. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a agência só pode ser representada por sua diretoria que por problemas de agenda não compareceu às reuniões. A ANS diz que irá se manifestar sobre o documento da OAB assim que recebê-lo.

Na reunião desta quinta-feira (12), a Fenaseg e a Abramge devem se posicionar oficialmente sobre a proposta. D’Urso afirma que se as entidades não apoiarem o documento, a OAB-SP tentará persuadi-las para aceitá-lo.

“Pode não ser o ideal, mas é o razoável, o possível para tentar apaziguar o setor neste momento de crise, de balburdia onde ninguém entende o que aplicar nos seus contratos, a idéia é apaziguar o setor”, explica.

Enquanto isso, médicos de dezoito estados brasileiros continuam cobrando diretamente a consulta, realizando o chamado “atendimento por reembolso”. Em São Paulo, mais de 800 médicos da capital suspenderam o atendimento às seguradoras no dia 30 de julho. Uma nova assembléia está prevista para o dia 17 de agosto. O balanço dos estados que paralisaram o atendimento e das operadoras suspensas está no site da Associação Médica Brasileira, www.amb.org.br.




Fonte: Agência Brasil

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