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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 09 de Agosto de 2004 às 09:06

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Um levantamento realizado recentemente pelo IEA – Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo - atribuiu ao clima os motivos da queda de 40% nos preços médios do tomate. De acordo com o instituto, a explicação está nas altas temperaturas registradas nas regiões produtoras, que fez com que os frutos amadurecessem mais rapidamente, aumentando a oferta do produto.

A queda nos preços do tomate nos centros produtores, porém, não está sendo refletida em Mato Grosso. Segundo a gerência de um grande supermercado de Tangará da Serra, a situação dos preços do tomate é completamente inversa à constatada através de levantamento do IEA. Uma caixa com 22 quilos de tomate adquirida de fornecedores da região Sudeste, no início desta semana, teve um custo de R$ 50, o que significa um custo por quilo entre R$ 2,30 e R$ 2,50. As próximas aquisições, para comercialização neste final de semana deverão gerar um preço ao consumidor de até R$ 3,90 o quilo. “De uma semana para outra o custo do tomate aumentou em 35%”, comentou o gerente do supermercado consultado.

Se o tomate for adquirido de produtores da região, o preço ao consumidor poderá se situar numa média de R$ 2,70. Contudo, o grande problema é que a produção local é muito limitada e não faz frente à demanda. Nestes casos, tomates da região podem ser encontrados apenas em locais isolados, como a Feira do Produtor, e em pequenas quantidades.

INVERSÃO – Apesar da constatação do IEA de queda nos preços do tomate na região Sudeste, a situação deverá mudar a partir da próxima semana. Segundo o especialista em solanáceas (família à qual pertence o tomate), Fernando Aranda, apesar da queda nos preços pagos ao produtor, o patamar de rentabilidade da produção permanece satisfatório. "Para as próximas semanas, a tendência é de aumento dos preços aos produtores, pois as temperaturas estão baixas na região Sudeste, devido à entrada de frentes frias, o que retarda o amadurecimento dos frutos”, explicou. Além do fator apontado por Aranda, há de se considerar que a tendência é pela manutenção dos preços elevados em função da chegada do período de entressafra, que se estenderá pelo menos até setembro.




Fonte: O Documento

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