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Brasileiro vende sacolas para ir a Atenas
Rodolfo Medeiros desembarcou no início da noite desta sexta-feira no aeroporto internacional de Atenas. Piercing na orelha esquerda, brinco na direita, um sorriso nervoso no ar. É a sua primeira Olimpíada. Com 1,83 de altura, 73 kg, 21 anos, ele integra um pequeno time de brasileiros que não vai disputar nenhuma medalha, mas quer ganhar novas amizades e, acima de tudo, uma inesquecível experiência de vida.
Rodolfo, de São José dos Campos, São Paulo, recém-formado em Administração de Empresas, é um dos 60 mil voluntários que vão dar suporte e fazer rodar a engrenagem do mundo olímpico erguido na capital da Grécia. A maioria dos voluntários é de origem grega. Cerca de 5 mil são estrangeiros, dos quais apenas aproximadamente 20 são brasileiros, divididos entre o apoio à delegação brasileira e os trabalhos gerais em vários locais de competição.
A maratona de Rodolfo para chegar à Olimpíada começou por acaso. "Estudo grego na Sociedade Helênica de São José dos Campos. Lá, fiquei sabendo que estavam recrutando voluntários para trabalhar durante os jogos. Me cadastrei pela Internet, mas não fui com muita fé. Quando veio a primeira resposta, um mês depois, me surpreendi e comecei a acreditar que o sonho poderia virar realidade", relata. Até a convocação final, foram três entrevistas por telefone, em inglês, com o Comitê Olímpico e os supervisores da equipe de voluntários. Entre as exigências do "cargo", além do inglês, constavam experiência com computador e facilidade de comunicação e relacionamento.
Para chegar a Atenas, como muitos atletas brasileiros, Rodolfo precisou correr muito atrás de dinheiro para bancar ao menos a viagem, já que como voluntário ele tem direito a hospedagem em um acampamento e a alimentação durante 60 dias, período que abrange os Jogos Olímpicos e os Para-Olímpicos. Sem trabalho, resolveu comprar uma pequena máquina caseira de fabricação de sacolas de plástico para supermercado. Durante um ano, entre as aulas de grego, se empenhou em fabricá-las e vendê-las de porta em porta na cidade. Conseguiu acumular R$ 3 mil, o suficiente para comprar a passagem e para garantir 500 euros, que carrega no bolso com orgulho e zelo.
Não é a primeira viagem de Rodolfo ao exterior - em 2001 fez um intercâmbio em uma universidade dos Estados Unidos. Mas chegar a Atenas tem um sabor diferente. "Ir a uma Olimpíada é um sonho de qualquer pessoa. Não tinha dinheiro para assistir aos jogos, não sou atleta, mas ao menos vou como voluntário. Estou escalado para trabalhar no ginásio que vai abrigar as competições de vôlei e handebol. Além disso, vou conhecer pessoas de todo o mundo", diz. Já interessado em trocar a Administração por Filosofia, a Grécia pode ser o início de uma outra aventura. "Pretendo ficar por aqui depois, trabalhando e estudando", antecipa, enquanto resgata, já com saudade nos olhos, uma foto da turma amigos, entre eles a namorada Lívia Moino. "Não sei quanto vou voltar ao Brasil", justifica. Algum medo? "Nenhum", responde rápido, mesmo que a família tenha a inevitável preocupação com possíveis atentados. Curiosamente, Rodolfo vai comemorar seus 22 anos longe da família e dos amigos no próximo dia 11 de setembro.
A maratona de Rodolfo para chegar à Olimpíada começou por acaso. "Estudo grego na Sociedade Helênica de São José dos Campos. Lá, fiquei sabendo que estavam recrutando voluntários para trabalhar durante os jogos. Me cadastrei pela Internet, mas não fui com muita fé. Quando veio a primeira resposta, um mês depois, me surpreendi e comecei a acreditar que o sonho poderia virar realidade", relata. Até a convocação final, foram três entrevistas por telefone, em inglês, com o Comitê Olímpico e os supervisores da equipe de voluntários. Entre as exigências do "cargo", além do inglês, constavam experiência com computador e facilidade de comunicação e relacionamento.
Para chegar a Atenas, como muitos atletas brasileiros, Rodolfo precisou correr muito atrás de dinheiro para bancar ao menos a viagem, já que como voluntário ele tem direito a hospedagem em um acampamento e a alimentação durante 60 dias, período que abrange os Jogos Olímpicos e os Para-Olímpicos. Sem trabalho, resolveu comprar uma pequena máquina caseira de fabricação de sacolas de plástico para supermercado. Durante um ano, entre as aulas de grego, se empenhou em fabricá-las e vendê-las de porta em porta na cidade. Conseguiu acumular R$ 3 mil, o suficiente para comprar a passagem e para garantir 500 euros, que carrega no bolso com orgulho e zelo.
Não é a primeira viagem de Rodolfo ao exterior - em 2001 fez um intercâmbio em uma universidade dos Estados Unidos. Mas chegar a Atenas tem um sabor diferente. "Ir a uma Olimpíada é um sonho de qualquer pessoa. Não tinha dinheiro para assistir aos jogos, não sou atleta, mas ao menos vou como voluntário. Estou escalado para trabalhar no ginásio que vai abrigar as competições de vôlei e handebol. Além disso, vou conhecer pessoas de todo o mundo", diz. Já interessado em trocar a Administração por Filosofia, a Grécia pode ser o início de uma outra aventura. "Pretendo ficar por aqui depois, trabalhando e estudando", antecipa, enquanto resgata, já com saudade nos olhos, uma foto da turma amigos, entre eles a namorada Lívia Moino. "Não sei quanto vou voltar ao Brasil", justifica. Algum medo? "Nenhum", responde rápido, mesmo que a família tenha a inevitável preocupação com possíveis atentados. Curiosamente, Rodolfo vai comemorar seus 22 anos longe da família e dos amigos no próximo dia 11 de setembro.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/376965/visualizar/
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