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Convite do Senado a Meirelles e Casseb tem aval do governo
O governo resolveu se adiantar e garantiu no Senado a aprovação dos requerimentos convidando os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, para prestar esclarecimentos sobre suas situações fiscais.
Ao contrário do movimento inicial da semana, que previa depoimentos de ambos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a estratégia foi deslocar para a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Casa o local dos eventuais depoimentos.
Isso porque, na avaliação do Palácio do Planalto, a CAE é um ambiente mais difícil para os presidentes de ambas instituições, já que seriam alvo de maior pressão por parte de parlamentares da oposição.
"Se a gente pode tomar a dianteira, como é que vamos deixar a oposição fazer (o pedido de requerimento)", indagou Ney Suassuna (PMDB-PB), vice-líder do governo no Senado e presidente da CFC.
Além de nomes fortes como os dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (PFL-RN), a CAE é uma comissão formada por 27 senadores titulares.
Já na CFC, formada por apenas 17 parlamentares, ficaria mais fácil controlar os partidos adversários, limitando a duração das falas e até mesmo costurando acordos internamente.
"O que é que se quer, é o esclarecimento? Se for o esclarecimento, a medida será tomada", afirmou Ideli, argumentando que o fórum adequado para essa discussão é na CFC e não na CAE.
Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Duciomar Costa (PTB-PA) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) e aprovados por quatro senadores presentes à sessão, presidida por Ney Suassuna (PMDB-PB).
Mais cedo, Duciomar Costa manteve contato com a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), apara costurar o ritual de apresentação do pedido do convite e sua aprovação. A própria senadora assinou a ata de presença da Comissão de Fiscalização e Controle, cuja sessão só pode ser aberta se tiver um quórum mínimo de nove senadores.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, foi o portador da autorização do Planalto para colocar em votação ambos os requerimentos.
A avaliação de Ideli é de que a estratégia tende a dirimir o clima pouco amistoso na Casa, resultado da agitação política por conta das recentes denúncias envolvendo importantes membros da equipe econômica. O governo teme que essa zona de conflito possa prejudicar o desempenho das votações no esforço concentrado da semana que vem.
O pedido para a presença de Meirelles menciona esclarecimentos sobre a política econômica e não cita as irregularidades fiscais que foram denunciadas pela imprensa. Casseb deverá explicar critérios de distribuição de patrocínio pelo Banco do Brasil. O Senado não tem a prerrogativa de convocar os dois presidentes, como faz com ministros. Pode apenas convidá-los.
Durante todo o dia o governo estudou uma forma de diminuir as tensões dentro do Senado. Não há ainda confirmação se Meirelles e Casseb realmente vão atender ao convite, mas a idéia partiu do governo justamente para acalmar os ânimos e mostrar que não teme os depoimentos.
Ao contrário do movimento inicial da semana, que previa depoimentos de ambos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a estratégia foi deslocar para a Comissão de Fiscalização e Controle (CFC) da Casa o local dos eventuais depoimentos.
Isso porque, na avaliação do Palácio do Planalto, a CAE é um ambiente mais difícil para os presidentes de ambas instituições, já que seriam alvo de maior pressão por parte de parlamentares da oposição.
"Se a gente pode tomar a dianteira, como é que vamos deixar a oposição fazer (o pedido de requerimento)", indagou Ney Suassuna (PMDB-PB), vice-líder do governo no Senado e presidente da CFC.
Além de nomes fortes como os dos senadores Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (PFL-RN), a CAE é uma comissão formada por 27 senadores titulares.
Já na CFC, formada por apenas 17 parlamentares, ficaria mais fácil controlar os partidos adversários, limitando a duração das falas e até mesmo costurando acordos internamente.
"O que é que se quer, é o esclarecimento? Se for o esclarecimento, a medida será tomada", afirmou Ideli, argumentando que o fórum adequado para essa discussão é na CFC e não na CAE.
Os requerimentos foram apresentados pelos senadores Duciomar Costa (PTB-PA) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) e aprovados por quatro senadores presentes à sessão, presidida por Ney Suassuna (PMDB-PB).
Mais cedo, Duciomar Costa manteve contato com a líder do PT na Casa, Ideli Salvatti (SC), apara costurar o ritual de apresentação do pedido do convite e sua aprovação. A própria senadora assinou a ata de presença da Comissão de Fiscalização e Controle, cuja sessão só pode ser aberta se tiver um quórum mínimo de nove senadores.
O ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, foi o portador da autorização do Planalto para colocar em votação ambos os requerimentos.
A avaliação de Ideli é de que a estratégia tende a dirimir o clima pouco amistoso na Casa, resultado da agitação política por conta das recentes denúncias envolvendo importantes membros da equipe econômica. O governo teme que essa zona de conflito possa prejudicar o desempenho das votações no esforço concentrado da semana que vem.
O pedido para a presença de Meirelles menciona esclarecimentos sobre a política econômica e não cita as irregularidades fiscais que foram denunciadas pela imprensa. Casseb deverá explicar critérios de distribuição de patrocínio pelo Banco do Brasil. O Senado não tem a prerrogativa de convocar os dois presidentes, como faz com ministros. Pode apenas convidá-los.
Durante todo o dia o governo estudou uma forma de diminuir as tensões dentro do Senado. Não há ainda confirmação se Meirelles e Casseb realmente vão atender ao convite, mas a idéia partiu do governo justamente para acalmar os ânimos e mostrar que não teme os depoimentos.
Fonte:
Reuters Investor
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377157/visualizar/
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