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Funasa têm dificuldades para garantir saúde de xavantes na BR-158
O diretor do Departamento de Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Alexandre Padilha, disse nesta quarta-feira (04), que o órgão tem dificuldades de melhorar as condições de saneamento do acampamento xavante montado às margens da BR-158 na região do Araguaia em Mato Grosso. Em razão da precariedade no local, três crianças morreram, na semana passada, por problemas de desnutrição e pneumonia.
470 índios estão acampados há 12 meses na beira da estrada. Eles deixaram sua aldeia em função de um conflito de terra com posseiros e fazendeiros da região. A morte das crianças gerou revolta entre os xavantes que prometem retornar à aldeia a qualquer momento desencadeando um conflito armado na região.
Padilha informou que no hospital em Água Boa (MT) há 11 crianças internadas das 43 existentes no acampamento. “Essa história de deslocamento para a beira de uma estrada para brigar pela terra não é uma situação tão comum. Esse é um caso isolado do conflito da terra e para as ações de saúde dificulta o fato de não ter um território fixo”, explica o diretor da Funasa.
Segundo ele, nesta quarta foi encaminhada uma equipe de engenharia da Coordenação Regional de Mato Grosso para ver o que é possível fazer provisoriamente para garantir água potável no acampamento. “A Funasa faz obras de saneamento nas terras indígenas. Nesse espaço nós não podemos fazer obras de saneamento porque não é terra indígena”.
A Funai negocia, mas os xavantes ainda mantém a promessa de invadir a área ocupada por posseiros assim que as crianças deixarem o hospital, vivas ou mortas.
O conflito entre índios e fazendeiros envolve uma área de 165 mil hectares. Entre os anos 63 e 66 os índios xavante da área Marãwatsedé foram deportados em aviões da FAB para o cerrado da Bacia do Rio das Mortes. Passaram por diversas outras aldeias, mas não conseguiram se adaptar a nenhuma delas. Na operação morreram 90 índios.
Os xavante manifestaram a necessidade de retornar à área onde nasceram, e um decreto do então presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a área como reserva de usufruto exclusivo dos índios. Em outubro do ano passado, eles resolveram retornar às origens, mas foram impedidos por uma ponte caída e estrada bloqueada por fazendeiros.
470 índios estão acampados há 12 meses na beira da estrada. Eles deixaram sua aldeia em função de um conflito de terra com posseiros e fazendeiros da região. A morte das crianças gerou revolta entre os xavantes que prometem retornar à aldeia a qualquer momento desencadeando um conflito armado na região.
Padilha informou que no hospital em Água Boa (MT) há 11 crianças internadas das 43 existentes no acampamento. “Essa história de deslocamento para a beira de uma estrada para brigar pela terra não é uma situação tão comum. Esse é um caso isolado do conflito da terra e para as ações de saúde dificulta o fato de não ter um território fixo”, explica o diretor da Funasa.
Segundo ele, nesta quarta foi encaminhada uma equipe de engenharia da Coordenação Regional de Mato Grosso para ver o que é possível fazer provisoriamente para garantir água potável no acampamento. “A Funasa faz obras de saneamento nas terras indígenas. Nesse espaço nós não podemos fazer obras de saneamento porque não é terra indígena”.
A Funai negocia, mas os xavantes ainda mantém a promessa de invadir a área ocupada por posseiros assim que as crianças deixarem o hospital, vivas ou mortas.
O conflito entre índios e fazendeiros envolve uma área de 165 mil hectares. Entre os anos 63 e 66 os índios xavante da área Marãwatsedé foram deportados em aviões da FAB para o cerrado da Bacia do Rio das Mortes. Passaram por diversas outras aldeias, mas não conseguiram se adaptar a nenhuma delas. Na operação morreram 90 índios.
Os xavante manifestaram a necessidade de retornar à área onde nasceram, e um decreto do então presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu a área como reserva de usufruto exclusivo dos índios. Em outubro do ano passado, eles resolveram retornar às origens, mas foram impedidos por uma ponte caída e estrada bloqueada por fazendeiros.
Fonte:
Mídia News
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